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Ferrari e seu campo gravitacional - III
As
desavenças entre Henry Ford II e Enzo levaram à criação do Daytona Coupe
pelo texano Carroll Shelby |
Enquanto Renzo Rivolta desenvolvia seus GTs, no início da década de
60 (leia a parte anterior desta série), do outro lado do Atlântico Henry Ford II decretava aberta a temporada de caça aos Ferraris em competições. Esta verdadeira guerra foi lançada por Ford em várias frentes. Na Fórmula 1, em parceria com a Lotus de Colin Chapman e uma pequena empresa de motores de competição chamada Cosworth, a Ford iniciou o desenvolvimento do que viria a ser o motor de F1 de maior sucesso em todos os tempos. |
Califórnia,
janeiro de 1962: o primeiro Cobra, de chassi CSX0001, sendo finalizado. Ford precisava de algo para já.
Necessitava também de algo para competir na prestigiosa categoria GT da FIA. Esta categoria, dominada há anos pela Ferrari, demandava que 100 veículos fossem fabricados antes que se pudesse homologar o carro. Estava abaixo da categoria Protótipo, mas tinha prestígio por ser uma
classe de carros "de rua". |
À esquerda,
o comportado Cobra 289 ao lado de sua versão de competição. Quando anunciou o Cobra, Shelby ficou famoso por anunciar em público, para quem quisesse ouvir, que pretendia fazer coisas impublicáveis
a um certo senhor italiano e seus famosos carros vermelhos. Shelby era um americano clássico: deliciosamente mal-educado, convencido, corajoso e orgulhoso. Junte-se a isso um sotaque carregado do Texas, e o onipresente chapéu de caubói, e se tem o equivalente automobilístico de John Wayne. |
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