O primeiro teste foi na pista de Riverside, no dia
1°. de fevereiro de 1964. Numa calma manhã, Ken Miles partiu para testar o carro. Em três voltas, bateu todos os recordes da pista -- e era a primeira vez que o carro rodava!
O protótipo do novo 427 também estava lá mas, mesmo sendo muito mais potente, não dava "nem pro cheiro". Mais uma prova de que "potência não é nada sem controle", como afirma a propaganda de pneus.
O
sucesso do cupê Brock e Ohlsen haviam acontecido. Todos na empresa vieram lhes dar parabéns. E, de volta a Venice, o cupê foi para o meio do galpão, mostrando que era a nova esperança da empresa e seu mais importante carro. No pára-brisa, a lista "a fazer" mostrava apenas detalhes. Perfeito, e logo de cara.
Shelby, ouvindo notícias de quão excelente era o novo carro, ordenou a imediata confecção de outro. Mas a temporada de 1964 ia começar e havia só um carro! Ferrari usualmente colocava mais de cinco GTOs por corrida,
além dos carros vendidos a equipes independentes.
A estréia do cupê foi em Daytona (de onde veio o nome pelo qual ficou
conhecido) em 16 de fevereiro, apenas duas semanas após o primeiro teste. O carro não terminou a prova, mas enquanto correu já mostrou que era o novo campeão de velocidade da categoria: 185 mph, quase 300 km/h. E, como bônus, era 25% mais econômico que o
roadster 289 no qual era baseado. Aerodinâmica influi muito, e Shelby deixou para sempre sua incredulidade nesta ciência.
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