É claro que Ricart tinha outros motivos para realizar esse projeto: ansiava pelo prestígio de uma máquina desse tipo, que nunca poderia vir de meros caminhões. O fato de Enzo começar a vender Ferraris de rua equipados com motores V12 por preços obscenos também não deve ter escapado da percepção de Don Wifredo. E afinal de contas, com seu poder e prestígio na época, podia fazer o que quisesse com "sua" fábrica. |
O modelo original deste
Spider Rabassada, de 1953, começou a competir na Rabassada, mais tradicional corrida da Catalunha, sendo utilizado em outras provas até se acidentar. Foi então construída
esta réplica muito fiel em 1997 |
![]() |
O Z102 brilhou intensamente de 1951 até 1957, para depois desaparecer completamente. São raramente vistos fora de sua terra natal, e mesmo lá são raríssimos. O preço era obsceno, e apenas reis, magnatas e ditadores (Rafael Trujillo, da República Dominicana, teve um) conseguiram comprá-lo, mas mesmo assim é duvidoso se a empresa ganhava dinheiro com eles. |
![]() |
Apenas oito unidades foram
feitas, à mão, deste Cabriolet 1954, de segunda série por Saoutchick
-- e esta é a única descoberta entre elas. A carroceria totalmente
nova trazia elementos de estilo mais interessantes que os da pouco prestigiada primeira série |
A sofisticação desse propulsor não parava por aí: era construído totalmente em alumínio e contava com válvulas preenchidas por sódio para refrigeração (uma tradição Alfa Romeo "roubada" por
Ricart). Apesar da configuração exótica, era feito para durar, mesmo nas difíceis condições de uso da Espanha pós-guerra. Seguindo uma tradição espanhola que diz
aceite es media maquina, o cárter tinha capacidade para nada menos que 12 litros de óleo lubrificante! A capacidade do radiador também era generosa: 20 litros. |
Foram construídas três carrocerias abertas para Le Mans e duas
fechadas para provas longas, como a Panamericana do México. Este carro é o único sobrevivente da última corrida mexicana, em 1954, com grande atuação até sofrer um
acidente |
![]() |
Os freios traseiros (grandes tambores de alumínio, aletados para refrigeração) se encontravam junto ao câmbio, fora das rodas, para diminuir a massa não-suspensa.
O único problema dessa configuração era o aquecimento dos tambores de freio, devido à proximidade da transmissão e à falta de ventilação. A suspensão dianteira era perfeita, tipo duplo A, mas com barras de torção agindo como elemento elástico. |
Carros do Passado - Página principal - e-mail © Copyright 2001 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |