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Carros do Passado

Pois o que aconteceu foi um novo fracasso. Os estreantes MK II quebraram o câmbio e os outros, versão antiga com motor Cobra, tiveram problemas no câmbio e no cabeçote. Mas mostraram ser extremamente velozes.

Em 1966 o terceiro projeto objetivando Le Mans era desenvolvido: o Ford J ou GTP. Era 180 kg mais leve que o anterior, graças a novas técnicas e materiais; tinha melhor aerodinâmica e transmissão automática, para aproveitar melhor o imenso torque do motor de 7,0 litros. A Ford ganhava pela segunda vez a 24 Horas de Daytona e também vencia a 12 Horas de Sebring com o modelo Roadster, versão antiga, nas mãos de Milles e Ruby. Nesta prova, famosos como o Porsche Carrera 6 e o Ferrari 330 P3 participaram; até um Corvette Stingray ganhou em sua categoria.

O Ford J já existia na Le Mans de 1966, mas a marca correu apenas com o GT 40 Mark II. Aqui, Graham Hill e Alan Mann à frente do Ferrari 330 P3 de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti

E finalmente veio a vitória na prova de longa distância francesa -- mas não com o J. Oito carros Mark II foram inscritos e conseguiram as três primeiras colocações. Os pilotos Bruce McLaren e Chris Amon saborearam a tão esperada vitória na 24 Horas, fato que se repetiria em 1967, 1968 e 1969.

Em 1967, a 1.000 Quilômetros de Spa, na Bélgica, era vencida pelo Mirage Ford, uma nova versão do GT 40. O carro era mais leve e o motor de 5,7 litros com câmbio ZF provava ser resistente. No belo Circuito Nacional de Spa-Francorchamps, de 14,1 quilômetros de extensão, foram dadas 41 voltas com média de 255 km/h. Em Le Mans sete Fords GT40, de diferentes versões e equipes, foram para a pista. A Ferrari tinha preparado igual quantidade de carros, a Chaparral e a Lola também estavam lá. O patrão Henry Ford II era o convidado de honra da prova.

A 24 Horas de Le Mans de 1967: bela dobradinha do GT 40 Mark IV, com o de Foyt e Gurney em primeiro (foto), seguido pelo de McLaren e Donohue

Na tradição de Le Mans, a largada se dava com os pilotos de um lado da pista e os carros, estacionados em 45º, do outro. Após o sinal, iam correndo, davam a partida e largavam velozmente. O famoso piloto americano A. J. Foyt, em dupla com Dan Gurney, venceu a prova. O segundo lugar ficou com Bruce McLaren e Mark Donohue com o Mark IV. Seu motor era um V8 OHV de 6,9 litros e 500 cv, apto à velocidade máxima de 355 km/h. Cruzaram a linha de chegada quatro voltas à frente do ameaçador Ferrari 330 P4 de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti.

Em 1968 o regulamento mudava, com motores agora limitados a 5,0 litros de cilindrada. A Ford se retirava oficialmente e o GT 40 passava a correr em equipes particulares -- a mais famosas com o azul-claro e faixas laranja da empresa petrolífera Gulf. No mesmo ano a Ferrari se retirava e à fábrica americana restavam como concorrentes os temidos e velozes alemães da Porsche.

Carroll Shelby, um dos responsáveis também por este êxito da Ford -- não bastassem seus Cobras e Mustangs --, ao lado do Mark IV vitorioso na prova francesa

Os GT 40 ganharam o campeonato, com vitórias em Brands Hatch, na Inglaterra; Monza, na Itália; na Bélgica, em Watkins Glen, nos EUA. E o competente piloto mexicano Pedro Rodriguez venceu em Le Mans. A terceira vitória em terras francesas foi obtida pelo carro equipado com motor de 4,95 litros e 420 cv de potência. Estes GTs já eram produzidos pela JW (J. Wyer e John Wilment), que fabricava carros de passeio e de corrida. Continua

No Brasil
O GT 40 estabeleceu recorde de velocidade máxima no país no principio da década de 70 e correu em algumas provas de longa duração. Pertencia à equipe Greco, que sempre foi fiel à marca Ford. Alguns anos depois o bólido americano foi comprado pela família Fittipaldi. Ficou em ótimas mãos por muitos anos.
Para ler
Ford GT40 Sports Cars, da série Supercars in profile. Autor: S. Archibald; 32 páginas; formato 21 x 29,7 cm; 60 fotos. Conta a história do tetracampeão de Le Mans, suas versões, sucessos e fracassos, o desempenho excepcional de 1964 a 1968.
Nas telas
No filme francês de 1966 Um homem e uma mulher, estrelado pelo ator e piloto Jean-Louis Tritingnant e Anouk Aimée, o GT 40 aparece fazendo testes na pista inclinada do circuito francês de Linas-Montlhéry. Neste filme, que se diz ter sido a estréia do merchandising nas telas, o Mustang do protagonista é tão importante quanto ele.

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