O Continental cumpriu seu papel de atrair as atenções para a Ford, como uma marca capaz produzir de carros de
luxo, e em 1958 foi tirado de linha. Ironicamente, um dos carros mais bonitos que a Ford já fez foi eliminado para salvar um dos mais feios que a
marca produziria: um novo projeto da empresa, batizado de Edsel (saiba
mais). |
A rara
configuração conversível de quatro portas era parte do requinte do
Conti 1961, que usava um V8 de 7,0 litros e 320 cv |
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Em 1961 o Continental ressurgia, ainda mais
sofisticado e bonito. O objetivo era, mais uma vez, tentar bater a supremacia da Cadillac no setor de luxo, onde a Lincoln vinha perdendo num ritmo de oito para um. A origem do carro é, no
mínimo, curiosa. A Ford estava estudando um projeto para um novo Thunderbird de quatro lugares, utilizando como inspiração o Continental Mark II. O presidente da Ford na época, Robert McNamara, viu no projeto um possível desenho para o novo Lincoln,
ordenando então que esticassem o carro para transformá-lo em um quatro-portas. |
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Com um desenho elegante que durou nove anos sem grandes mudanças, o Lincoln de 1961 é considerado um símbolo do requinte dos anos 60 nos Estados Unidos |
Inovador e produzido sob severo controle de qualidade, o novo Lincoln conquistou um
prestígio nunca antes alcançado. O Instituto de Design Industrial conferiu ao carro uma medalha de bronze pela "fantástica contribuição de simplicidade e elegância de
desenho". O carro foi um sucesso e a produção dobrou no ano seguinte. |
Em 1970 chegava o Continental Mark III, com faróis cobertos e grade no estilo dos Rolls-Royces | ![]() |
O carro era equipado com todos os luxos possíveis para a época. Trazia itens de série como direção assistida, controle elétrico de
vidros e travas automáticas que se fechavam assim que o carro começava a andar. Os modelos conversíveis possuíam capota
de comando elétrico, também de série. O Continental dos anos 60 é lembrado como uma obra-prima de sofisticação e bom gosto. |
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O Mark IV, de 1972, trazia relógio Cartier no painel, limpadores de pára-brisa automáticos e estepe saliente na traseira, detalhe característico e muito imitado |
Itens de exclusividade também eram adicionados ao carro, a exemplo de um relógio Cartier no painel, ou acabamento interno com a assinatura de grifes famosas como Givenchy. Apesar das duas portas, dispunha de espaço suficiente para cinco ocupantes. Outros detalhes curiosos eram os faróis, agora cobertos e de acionamento elétrico, e uma saliência na traseira, na verdade um falso compartimento de estepe. Esta solução teria muitos copiadores mundo afora, incluindo o Simca Presidence vendido no Brasil
(leia história).
Continua |
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