A partir da temporada de 1993 a categoria Chevrolet Stock Car passou a utilizar o Omega. Curiosamente, o carro continuou com o antigo motor 4,1-litros de 330-340 cv do Opala, em vez de adotar o Opel 3,0-litros. Permaneceram também o mesmo combustível, álcool, e a alimentação por carburador, em detrimento de moderna injeção Bosch
Motronic.
A solução nunca foi bem compreendida. Chegava a ser anacrônico ouvir aquele carro tipicamente europeu, atual, funcionar de maneira irregular em marcha-lenta e ao arrancar, típico da combinação de carburação não-individual e comando de válvulas de grande duração. Um carro produzido pela maior empresa do mundo...
O Omega custou um pouco a superar os tempos do Opala, quando todos esperavam o contrário, dadas as suas características de chassi e suspensão, como a traseira independente (em vez de eixo rígido). Mas depois preparadores e pilotos dominaram a tecnologia
e os |
tempos baixaram bastante, como a
lógica
mandava. Foram sete anos de Omega nas pistas, em que os pilotos paulistas dominaram. Ingo Hoffmann venceu os campeonatos de 1993, 1994, 1996, 1997 e 1998. Em 1995 Paulo "Paulão" Gomes se deu melhor e Chico Serra encerrou a fase Omega com chave de ouro.
Em 2000 iniciou-se o ciclo do Vectra, primeiro com o mesmo motor 4,1-litros, passando ao GM V8 de 5,7 litros em 2001. Esse Vectra, na verdade, era (e é) uma casca com o visual do modelo, já que o chassi é tubular, o motor longitudinal e a tração... traseira.
Houve na GM quem pensasse em adotar o novo Omega australiano a partir de 1999. Mas prevaleceu a idéia de que carro de luxo não combina com corrida de automóvel e a GM determinou que a Stock Car continuaria com o Omega antigo nesse ano, apesar de não ser mais produzido. O modelo nacional teve, assim, uma sobrevida de um ano graças à Stock Car.
(B.S.) |