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Carros do Passado

Embora túneis de vento fossem pouco usados para automóveis de pequena produção naquele tempo, testes posteriores indicariam um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,29, excelente para a época. O interior era bem-equipado, com painel de instrumentos completo, ar-condicionado de série e controle elétrico dos vidros, e havia um porta-malas razoável na extremidade traseira.

Sua aerodinâmica surpreenderia ao ser medida anos depois: Cx de 0,29. O motor V8 de 5,7 litros desenvolvia 330 cv na versão inicial européia

A idéia original era vestir com uma nova carroceria o chassi do tipo espinha dorsal já empregado no Mangusta, mas Giampaolo Dallara, engenheiro da Lamborghini e consultor de De Tomaso há tempos, optou por um monobloco de aço. A Vignale, de Turim, foi encarregada de produzir, pintar e montar a carroceria e o interior, enquanto a mecânica era instalada na fábrica de Fossalta, perto de Modena.

Coração americano   O novo V8 "Cleveland" (assim chamado em função da cidade onde era produzido, no estado americano de Ohio) de 351 pol3 (5,7 litros) foi o escolhido. Apesar do bloco ampliado para alojar um virabrequim de maior curso, tinha o mesmo diâmetro e espaçamento de cilindros dos conhecidos 289 e 302, este usado nos Maverick e Galaxie brasileiros.

Em 1989, Gary Hall atingia 326 km/h com este Pantera, recorde para carros com motor central de aspiração natural

Com os cabeçotes do Mustang Boss 302 e carburação quádrupla, o motor do Pantera desenvolvia 310 cv líquidos na versão americana (330 na européia), para um peso na faixa de 1.450 kg. Motor de maior potência específica -- em valores líquidos -- dos EUA, podia levá-lo de 0 a 96 km/h em cerca de 7 segundos, com uma velocidade máxima da ordem de 240 km/h. O generoso torque máximo, de 52,5 m.kgf, aparecia a 3.400 rpm.

O conjunto mecânico era moderno e eficiente: transeixo ZF de cinco marchas, diferencial autobloqueante, suspensão independente nas quatro rodas com braços sobrepostos, freios a disco à frente e atrás, direção de pinhão e cremalheira. Como opcional, rodas Campagnolo de magnésio, com tala de 7 pol nas dianteiras e 8 pol nas traseiras, e largos pneus Michelin -- depois substituídos pelos da Pirelli e Goodyear. O motor central permitia boa distribuição de peso, com 58% no eixo traseiro.
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Em escala

A Mattel produz o esportivo italiano na escala 1/18, com bom acabamento, para a coleção Hot Wheels. As portas se abrem e o volante aciona as rodas, cujos pneus parecem de borracha. É disponível em azul e amarelo.
Nas pistas
Na 24 Horas de Le Mans de 1972, a equipe belga Du Bois chegou em 16°. com um Pantera. No ano seguinte o carro vencia provas em Imola, na Itália, e Hockenheim, na Alemanha. Em 1977 era terceiro na 6 Horas de Vallelunga, e em 1979, nono em Le Mans. Sua carreira mais promissora, porém, foi em linha reta: os recordes de velocidade conquistados nos famosos lagos salgados de Bonneville, no estado norte-americano de Utah. Chuck Greenman atingiu 320,3 km/h com um em 1984; cinco anos depois, Gary Hall chegava a 326,4 km/h, recorde para carros de carroceria original e motor central de aspiração natural a gasolina.

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