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Carros do Passado

Além da combinação de estilo italiano com mecânica americana, o Pantera oferecia um preço convidativo. Em 1971 custava US$ 10 mil, contra US$ 10,4 mil de um Porsche 911 S Targa e US$ 22 mil de um Ferrari 365 GTB/4, o Daytona. Entretanto, o objetivo de competir com o Corvette não fora atendido: o carro esporte da Chevrolet não passava de US$ 5,5 mil na versão básica.

A versão Pantera L, de 1972, ganhava pesados pára-choques absorvedores de impacto, cuja pintura em preto acabou por deixá-lo mais esportivo

Modificações mecânicas e de estilo não demoraram a surgir. Ainda em 1971, depois de cerca de 300 carros vendidos, o diferencial era alongado em cerca de 8%, para maior velocidade máxima. Em 1972 eram inseridas mudanças de estilo na nova versão Pantera L, como os grandes e pesadíssimos (90 kg no total) pára-choques que absorviam impactos, exigidos pela legislação norte-americana. Para disfarçar seu tamanho, Tjaarda substituía o acabamento cromado pelo preto-fosco, o que acabou deixando a aparência mais agressiva.

No ano seguinte surgia o Pantera GTS, com pára-lamas alargados em plástico reforçado com fibra-de-vidro e volante Ferrero com o emblema Ghia. Para o mercado europeu ganhava potência -- 335 cv -- e rodas e pneus mais largos, chegando a 255 km/h. Enquanto isso, na versão americana o carro perdia potência a cada ano, devido à menor taxa de compressão: de 11:1 inicial, caía para 10,7:1, 8,6:1 e 8:1 até 1973, reduzindo a potência para apenas 250 cv e o torque para 43,4 m.kgf. Aliado à crise do petróleo e a problemas de qualidade -- em acabamento, parte elétrica e suspensão --, o fato fez desabar as vendas.

O Pantera GTS tinha pára-lamas mais largos e motor de 335 cv para a Europa, mas nos EUA perdia potência, caindo a modestos 250 cv

Ainda em 1973 a fábrica da De Tomaso mudava-se para a cidade de Bruciata, onde permanece até hoje. Mas em setembro a Ford rompia os negócios com a marca italiana, pondo em risco a carreira americana do Pantera. Depois de vender apenas 29 unidades no primeiro trimestre de 1974, a Ford sequer deu-se ao trabalho de aplicar o necessário catalisador para o ano seguinte: o carro desaparecia dos EUA após um total de 6.091 unidades vendidas, segundo a Lincoln-Mercury (embora haja fontes que as limitem a 5.629).

A sobrevivência   Um mercado como o americano não pode ser desprezado por um fabricante de carros esporte, mas a De Tomaso sobreviveu sem ele. O Pantera continuou em produção para a Europa usando motores da Ford australiana. Livre das normas de emissões que amarravam os motores nos EUA, podia retornar à potência inicial: em 1979 eram 300 cv na versão L e 330 cv na GTS. Continua

Para ler
The Pantera Gold Portfolio, 1971-1989 - Brooklands Books: traz testes publicados nesse período pelas revistas Motor Trend, Sports Car Graphic, Road and Track, Car and Driver, World Car Guide e outras.

De Tomaso Automobiles - de Wallace A. Wyss: reúne diversos modelos da marca. Outro livro do mesmo autor é De Tomaso - The Man and the Machines, que abrange a história do fundador da empresa.

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