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Carros do Passado
Apresentado como "o carro que respeitou a opinião pública", o Polara chegava em 1976 com o mesmo estilo do 1800, mas aprimorado em diversos aspectos

No Salão do Automóvel do mesmo ano era apresentada a perua da linha, de cinco portas, idêntica em estilo à Hillman Avenger Estate inglesa. Era uma potencial concorrente para a Ford Belina, a VW Variant e as peruas que se esperavam das linhas Chevette (que acabaria vindo só em 1980) e Passat (que nunca veio, a não ser na geração seguinte como Quantum). Não se sabe por que, a Chrysler abandonou o projeto.

A troca de nome   Em seu esforço para reerguer seu carro médio no mercado, a Chrysler recorreu até mesmo à mudança da denominação 1800. Em 1976 era adotado o nome Polara, que em mercados estrangeiros (Argentina inclusive) identificava um grande Dodge, do porte de nosso Dart. A publicidade o apresentava como "o carro que respeitou a opinião pública", assinalando possíveis sugestões de compradores por menor consumo, motor mais "envenenado", interior mais luxuoso e traseira mais baixa. A potência passava para 93 cv brutos, e o torque máximo, para 15,5 m.kgf.

A nova frente só era introduzida em 1978, rejuvenescendo o desenho já antiquado. A publicidade destacava sua agressividade associando-o a um leão, que aparecia no símbolo da grade

A aparência, contudo, era a mesma do 1800. Isso só mudaria em 1978, com a chegada dos faróis retangulares, luzes de direção nos extremos dos pára-lamas (como no modelo escocês de 1976) e outras lanternas traseiras. A grade ostentava o emblema de um leão estilizado, argumento utilizado pela publicidade da marca como um Dodge mais agressivo. O Polara GL oferecia opção de bancos reclináveis com ajuste contínuo do encosto, há muito reivindicado pelos compradores. Também opcionais eram os pneus radiais, e o carburador era recalibrado para pequena redução de consumo. Continua

Nas pistas




Assim que o 1800 teve seus defeitos corrigidos, foi para as corridas do Torneio Brasileiro de Turismo Nacional, a extinta Divisão 1 Classe A. Carros com até 2.000 cm3 -- Passat, Chevette e o "Dodginho" -- recebiam pouquíssima preparação, sendo quase originais.

Em 1976 ganhou o campeonato brasileiro, em 1°. lugar com João Batista Aguiar e em 2°. com Fábio Sotto Mayor. Na Europa, o Hilmann Avenger cupê disputou campeonatos de rali e também em autódromos. Entre seus concorrentes estavam Opel Kadett, VW Golf GTI e Renault 17.

Mas foi na Argentina que, como Dodge e Volkswagen 1500, o carro mais se destacou. Na categoria TC2000 (Turismo Competición 2000) o motor era ampliado para 1,8 litro, sendo admitidos modelos de 1,8 a 2,0 litros, e as portas traseiras soldadas. Jorge Omar Del Río, de 1980 a 1982, e Rubén Luis Di Palma, em 1983, garantiram os primeiros quatro títulos da categoria. O famoso Guillermo "Yoyo" Maldonado o utilizou até 1988, chegando a desafiar o moderno Renault Fuego. O motor do "Dodginho" argentino resistiu ao próprio carro, vindo a equipar monopostos da Fórmula 2 local.

(Colaborou Francis Castaings)

A partir da foto superior: o Hillman Avenger cupê em prova
na Europa, o VW 1500 argentino em competições e um
anúncio da rede VW com o 1500 preparado de Maldonado

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