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Os NSU Sport Prinz e Prinz 4, por exemplo, utilizavam a mecânica do Fiat Seicento, com motor quatro-tempos de dois cilindros em linha, refrigerado a ar, localizado na traseira em posição transversal. O objetivo principal da Volkswagen, portanto, era comprar a tecnologia Audi e eliminar a Fiat do mercado alemão com a compra da NSU. Mas a tecnologia desta também foi aproveitada.

O K70 foi uma revolução na VW: motor dianteiro refrigerado a água, linhas retas, estabilidade e segurança inéditas na marca

K70: o primeiro "anti-Volkswagen"   Em agosto de 1970 a Volkswagen surpreendia o mundo com um modelo que em nada lembrava suas tradicionais soluções mecânicas. Tratava-se de um sedã de quatro portas com linhas retas, ampla área envidraçada, motor dianteiro refrigerado a água e tração dianteira. Apresentava ótima estabilidade, espaço interno invejável, amplo porta-malas e um nível de segurança jamais visto antes em um VW. De onde a marca teria sacado este projeto?

O K70, conhecido internamente pela VW como Tipo 48, fora totalmente projetado pela NSU e deveria chegar ao mercado em março de 1969, mas as negociações entre esta e a VW acabaram por atrasar o lançamento. Esse carro, no entanto, trouxe alguns problemas para a estratégia de mercado da Volkswagen. A marca já fabricava um carro na mesma categoria de tamanho e preço do K70, o 411, conhecido internamente como Tipo 42.

Fruto de um projeto NSU, o K70 entrou em confronto com as demais técnicas empregadas pela VW: a tradicional do motor "a ar", no 412 ou Tipo 4, e a de origem Audi, que o Passat utilizou a partir de 1973

A VW ofereceu inicialmente o K70 com motor 1,6 de comando de válvulas no cabeçote e 75 cv, com opção por 90 cv, e velocidade máxima de 147 ou 158 km/h, conforme a versão. Era oferecido apenas com câmbio manual de quatro marchas, enquanto o 411 oferecia câmbio automático como opcional. A única solução viável era tornar o K70 um carro mais sofisticado do que o 411, fazendo com que passasse a competir em outra faixa do mercado.

Foram realizadas mudanças na suspensão traseira, nos freios e adotados novos equipamentos de segurança, como volante deformável e novas zonas de absorção de impactos na carroceria. Os freios do K70 eram do tipo interno, montados junto à caixa de câmbio, portanto longe das rodas. Esta solução melhorava bastante o trabalho das suspensões por diminuir o peso não-suspenso, mas tinha a desvantagem de aquecer mais os freios devido à proximidade do conjunto motor/transmissão.

Contrariando as ordens de Nordhoff, presidente da VW, a Audi adotava novos conceitos de tecnologia e lançava em 1970 o primeiro modelo 100

Em maio de 1973 surgia uma versão mais potente, de 1,8 litro e 100 cv, que levava o K70 a 162 km/h. Mas nada disso foi suficiente para alavancar as vendas. A partir de agosto de 1973 o K70 tinha que enfrentar outro "irmão" de peso, o recém-lançado Passat (leia história). Os três modelos competiam entre si com técnicas diferentes: o 411 representava a tecnologia VW disponível até então, o K70 simbolizava a técnica NSU e o Passat, desde seu lançamento, já era um projeto derivado da Audi. Superado em desempenho pelo novo carro, o K70 teve a fabricação encerrada em fevereiro de 1975, depois de 211.127 unidades.

Os caminhos se cruzam   Quando foi adquirida pela Volkswagen, a Audi tinha seus próprios projetos, que podem ser considerados os ancestrais de toda a linha Volkswagen com motor refrigerado a água: os Audis 60, 75, 80 e Super 90. O Audi 100 entrava em produção em 1970, projetado pelo então chefe de desenvolvimento Ludwig Kraus, que havia contrariado as ordens de Heinrich "Heinz" Nordhoff, presidente da Volkswagen desde 1948, quando os ingleses devolveram a fábrica de Wolfsburg aos alemães. Continua

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