Conforto e conveniência   A melhor impressão ao abrir as portas vem do Focus e do Golf 2,0: interiores modernos, bem-acabados e com emprego de materiais adequados, com destaque para os plásticos macios. O Golf 1,6 é o mais simples no revestimento dos bancos, mas agrada no conjunto. Astra, Xsara e Brava levam desvantagem nos materiais plásticos, sendo o GM bastante antiquado nos painéis de porta. Mas utilizam revestimento de tecido agradável -- só que escuro demais no Golf 2,0.

Interior do Astra: bom revestimento, computador de bordo e posição de dirigir
das melhores. Mas o painel é simples e os acabamentos de porta antiquados

Os painéis são atuais e contam com as informações mais comuns, incluindo conta-giros. Astra e Xsara oferecem computador de bordo (de fácil leitura e compreensão), mas a aparência dos instrumentos do GM é espartana, com iluminação branca. No Brava, Xsara e Focus é verde, e nos Golfs, azul/vermelha, em ambos os casos mais refinada. Ao ligar a ignição, o Citroën indica nível de óleo e quilometragem até a próxima revisão. Nos Golfs e no Focus poderia haver indicação da temperatura externa.

O carro da Chevrolet tira o atraso, porém, na posição de dirigir: embora todos ofereçam ajustes de altura do assento e de profundidade (exceto Brava) e inclinação do volante, nele o resultado é mais feliz, ainda que o apoio lombar intenso possa não agradar a alguns. Citroën e Fiat podem vir com ajuste deste apoio, que é crítico no Focus: como o encosto não se move ao ajustar a altura do assento, a Ford optou por um perfil liso, sem o devido apoio lombar, que cansa facilmente. Já no Xsara, os apoios laterais muito envolventes podem gerar desconforto de acordo com a "largura" do motorista.

Os bancos envolventes do Xsara seguram bem o corpo, mas podem incomodar a alguns. Seu painel é completo e funcional, mas os apliques de imitam madeira destoam do conjunto

Vamos aos detalhes. Os controles elétricos dos vidros dispõem de função um-toque (apenas nos dianteiros do Focus, Xsara e Golf), sensor antiesmagamento e temporizador em todos, mas os traseiros do Citroën estão em posição ruim, no console. Xsara, Brava e Golf 2,0 têm controle automático de temperatura do ar-condicionado, opcional no último deles. O Citroën e o Fiat possuem luz de aviso de cinto não-atado, e o primeiro, alerta programável para excesso de velocidade.

Pára-brisa com faixa degradê não equipa Focus e Xsara. Alarme acionado a distância está nos seis modelos, mas com sensor de ultra-som (que detecta quebra de vidros) apenas no GM, Fiat e VW. Esta poderia eliminar a buzina de ativação, que incomoda. No Astra e Golf a porta do motorista se destrava em separado, mais seguro; neles e no Brava todas se travam ao começar a rodar. Comando do porta-malas por botão interno e/ou no controle remoto da chave existe em todos, mas no Focus, Brava e Xsara não há o da tampa do tanque.

Assim como o Golf 2,0, o Brava pode ter revestimento em couro. Seu interior ainda é atual e tem recebido itens de conveniência, mas ainda faltam itens presentes nos demais

Exclusivas do Golf são as luzes de cortesia nas portas dianteiras; do Xsara, indicação de portas abertas e limpador de pára-brisa automático; e do Brava, retrovisor interno fotocrômico. O melhor comutador de farol alto/baixo está no Citroën, que sempre o liga em baixo, e o pior no Ford, onde se pode acioná-lo em alto sem se saber antes. Já o botão de buzina do Xsara, na alavanca esquerda do volante, exige hábito: deveria haver outro na almofada central. Continua