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Comparativo Completo

Mecânica, comportamento e segurança   Seis cilindros, 2,5 litros e cerca de 190 cv: apesar destas semelhanças, há pouco em comum entre as mecânicas dos dois modelos. Para começar, o Alfa tem motor transversal, cilindros em V (a 60°) e tração dianteira; o BMW, motor longitudinal, cilindros em linha e tração traseira. Existe ainda uma distinção do que cada marca julga prioritário para seu consumidor, o que afeta o modo como cada componente é construído e ajustado.

O motor V6 do 156 é mais esportivo, com o torque máximo a 5.000 rpm, apesar do coletor variável. Seu ronco desde baixas rotações é um convite a desligar o sistema de áudio
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Os dois motores são verdadeiros ícones em suavidade de funcionamento, graças ao pequeno curso dos pistões (levando a ótima relação r/l no 325i; saiba mais sobre técnica), a disposição dos cilindros no BMW e duas árvores de balanceamento no Alfa, que indicam a obsessão da marca pela ausência de vibrações. Ambos emitem um rosnar muito agradável em baixas rotações (que no 156 é belíssimo, convidando a desligar o sistema de áudio) e um urro poderoso em altas, mas sempre mais discreto no 325i.

O motor do alemão gira um pouco menos para alcançar a potência máxima (6.000 em vez de 6.300 rpm) e oferece bem mais torque: 25 m.kgf a 3.500 rpm, ante 22,1 m.kgf a 5.000 rpm. Esta característica do italiano evidencia seu tempero esportivo, já que o desempenho se altera completamente entre a primeira e a segunda metade da escala do conta-giros. O coletor de admissão de geometria variável e o variador de fase para o comando de válvulas de admissão (no BMW há também para o de escapamento), recursos para melhor distribuição de torque, não chegam a alterar esse comportamento.
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Clique para ampliar a imagem Da suavidade dos seis cilindros em linha e do saudável comportamento da tração traseira a BMW não abre mão. O motor do 325i vence o do oponente na distribuição de torque
Comentário técnico
> O motor do BMW possui comando variável de válvulas, denominado Duplo VANOS (Variable Nockenwellen Steuerung, gerenciamento variável do comando de válvulas em alemão) pela marca. Lançado inicialmente no esportivo M3, o sistema ajusta os tempos de abertura e fechamento das válvulas, tanto de admissão quanto de escapamento. No Alfa há um variador de fase para o comando de admissão -- solução mais simples com o mesmo propósito -- e também coletor de admissão de geometria variável.

> Os dois motores utilizam pequeno curso dos pistões, o que facilita obter relação r/l correta, uma vez que dispensa o emprego de bielas muito longas. No 325i elas medem 145 mm para um curso de 75 mm, o que resulta em notável relação de 0,258.
No 156 o curso é ainda mais curto, apenas 68,3 mm, mas o comprimento das bielas não foi informado pela Fiat, mesmo após insistentes pedidos pelo BCWS. De qualquer modo, não se espera fator acima de 0,3 para um Alfa, dada a importância que a marca atribui à suavidade de funcionamento.

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O 325i comprova a validade do conceito McPherson para suspensão dianteira, uma longa tradição na marca. O 156 utiliza paralelogramos deformáveis, similares à disposição de braços sobrepostos que tanto se utiliza em competição, incluindo Fórmula 1. Já na traseira o Alfa fica com McPherson e o BMW com eixo multibraço, introduzido na Série 3 de 1990 (código E36) e muito superior ao conceito de braço arrastado empregado até então na linha.

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