Best Cars Web Site
Comparativo Completo

Embora 120 kg mais pesado, o 325i anuncia melhor desempenho: velocidade máxima de 237 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,3 s, contra 225 km/h e 8,8 s do 156. São índices suficientes para a maioria dos motoristas, mas em aceleração perdem para alguns carros nacionais, como o Audi A3 de 180 cv, o Golf GTI e o Marea Turbo. Mas já melhorou a situação do Alfa em comparação ao antigo de 2,0 litros e 153 cv, inferiorizado diante do mais barato Marea. Ainda segundo os fabricantes, o italiano tem menor consumo em cidade (7,8 contra 7,4 km/l), mas maior na estrada (12,5 ante 13,8 km/l do alemão).

Clique para ampliar a imagem A Alfa foi criativa com o Q-System, um câmbio automático com as marchas em "H", mas não poderia ter desprezado a quinta: sem ela, as rotações caem muito a cada mudança

As duas marcas abandonaram o câmbio manual nestes modelos, oferecendo apenas um manual-automático. O da BMW, denominado Steptronic, tem cinco marchas e permite a operação manual com trocas para a frente (redução) e para trás (ascendentes). A marca alega que essa disposição corresponde à inércia do corpo do motorista ao acelerar e reduzir a velocidade, o que tem sentido, mas se trata de inversão do que se convencionou desde a introdução do Tiptronic pela Porsche, em 1989, e por isso exige que o motorista se habitue.

O câmbio Q-System (Q de quadra, devido à disposição das quatro marchas em um quadrado) do Alfa é mais curioso. À direita traz as posições básicas do modo automático (P, R, N e D); à esquerda, um esquema em "H" que simula o de um câmbio manual. Existem, portanto, posições definidas para cada marcha, o que permite situações inéditas. Pode-se reduzir duas ou três marchas de uma só vez; se isso resultar em rotação muito elevada, o câmbio parece ignorar o comando -- o que o do BMW também faz --, mas na verdade memoriza a operação, para realizá-la tão logo a velocidade caia o suficiente.

A BMW utiliza a conhecida caixa Steptronic, que permite trocas manuais quando desejado. Curiosa a disposição de operações, o contrário do que usam outras marcas
Clique para ampliar a imagem

Ainda, no Alfa as trocas ascendentes são feitas apenas ao comando do motorista, o motor permanecendo "falhando" no limite de giros nessa situação (um alerta sonoro é emitido pouco mais cedo). E uma marcha alta pode ser mantida em rotação bem baixa (como a quarta a 50 km/h) com acelerador 100% a fundo, para menor consumo (saiba mais), o que no oponente é impossível. No 156 existe seleção entre modos econômico (City, cidade), esportivo (Sport, que no 325i é obtido ao passar para modo manual) e o de saídas suaves em pisos de baixa aderência (Ice, gelo).

O grande problema do Q-System é contar com apenas quatro marchas. O intervalo entre as relações é naturalmente maior que num de cinco, o que não combina com a concentração do torque nos altos giros (a cada mudança o motor cai a um regime onde o torque é pouco expressivo). Isso certamente explica a desvantagem do 156 em aceleração, mesmo sendo mais leve -- na Europa existe versão com câmbio manual de seis marchas, bem mais adequada ao motor.

O Q-System chega a parecer um câmbio manual -- e de fato pode ser usado como um. Quando desejar o modo automático, o motorista ainda terá opção entre programa normal, esportivo e de inverno. Abaixo da alavanca, os botões de faróis e luz de neblina, longe de onde a maioria os procura

A marca também poderia elevar o chamado estol (do inglês stall) da transmissão. Trata-se do regime máximo admitido pela caixa quando é "carregada" para uma aceleração rápida, acelerando em drive e freando ao mesmo tempo. Neste Alfa fica logo acima de 2.000 rpm (há câmbios que permitem em torno de 3.000), pouco para uma saída vigorosa do V6. Continua

Avaliações - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados