Levado a um percurso habitual para o
BCWS, a serra que liga o Vale do Paraíba à estância de Campos de Jordão, SP, o 156 decepcionou pela transmissão de impactos da estrada,
não muito bem conservada. Não só as costas sentiam cada irregularidade, como também o volante queria escapar das mãos ao encontrar ondulações durante as curvas mais rápidas. Um comportamento nunca visto em
cerca de 150 avaliações completas.
Suspeitamos logo de que a pressão dos pneus -- embora em geral correta nos carros recebidos para avaliação -- estivesse excessiva. Após esfriarem os pneus, uma medição apontou as mesmas 31 lb/pol2 indicadas no manual para até meia-carga. Mas se notava um fato curioso: mesmo dirigido
com vigor, não houvera contato algum dos ombros dos pneus (a extremidade entre a banda de rodagem e o flanco, ou lateral) com o asfalto, algo típico de pressão elevada.
Não tivemos dúvida: baixamos os quatro para 29 lb/pol2 e descemos a serra.
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Era outro carro: apesar da suspensão bem firme, sentiam-se nos bancos e sobretudo no volante impactos bem mais razoáveis. Os pneus passaram a "cantar" um pouco mais, mas terminaram o percurso sem desgaste nos ombros, indicação de que a medida fora bem-sucedida.
A alteração na especificação do fabricante foi sugerida à Alfa Romeo, que esperamos venha a adotá-la no manual. Seus usuários vão agradecer.
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