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Comparativo Completo

Os 5 cm adicionais de distância entre eixos do novo GM permitiram ligeiro aumento do espaço para as pernas no banco traseiro, agora bastante bom para um carro pequeno. O Siena não decepciona nesse aspecto, apesar do diminuto entreeixos, e ambos se parecem no espaço para cabeças e ombros, que sugere não levar mais de dois adultos ou três crianças. Vantagem mesmo para a Fiat aparece no porta-malas: generosos 500 litros, um tanto a mais que os 432 do GM, que cresceu 10% em relação à geração anterior (390 litros). Em ambos o estepe fica no assoalho.

O porta-malas do GM aumentou de 390 para 432 litros na nova geração, mas ainda perde para o do Siena, ao lado, com seus 500 litros

Mecânica, comportamento e segurança   O motor 1,0 do novo Corsa é uma evolução do utilizado desde 1994, portanto mais antigo que o Fire do Siena, adotado na linha 2001. Tendo em vista nosso tráfego nervoso e as velocidades algo baixas em estrada, a GM optou pelas tradicionais oito válvulas em vez das 16 do concorrente, de modo a obter melhor torque em baixa rotação, além de menor custo.

Com a maior taxa de compressão já usada no Brasil com gasolina (saiba mais sobre técnica), o motor Chevrolet passou de 60 para 71 cv, vantagem de 1 cv sobre o Siena. É um feito, mas que só conta parte da história. As outras partes são o elevadíssimo regime em que essa potência aparece (6.400 rpm), o torque máximo e o peso do carro.

Atingir 6.400 giros está fora do hábito da maioria dos motoristas -- ainda hoje se constatam casos de mau emprego dos pequenos motores 1,0, por usuários que se recusam a atingir rotações elevadas com receio de danificar o motor. Com isso, na maior parte das situações o Siena parecerá mais potente, pois entrega seus 70 cv a mais adequados 5.750 rpm.

Taxa de compressão bem alta trouxe boa potência ao Corsa, 71 cv, mas em regime alto demais. O torque máximo, 8,8 m.kgf, mostra-se pouco para o peso do Sedan

Há ainda um defeito grave no GM: a faixa vermelha do conta-giros aparece já a 6.500 rpm e o limite efetivo de rotações logo depois, a 6.600 rpm. Isso representa uma margem de segurança mínima, 200 giros, para situações como uma ultrapassagem apertada. Das duas, uma: ou a potência máxima deveria chegar mais cedo (como as 6.000 rpm do motor antigo), ou o limite teria de ser mais alto, como no Fiat Brava HGT, que tem o pico de potência a 6.500 rpm mas pode girar a mais de 7.000.

Outro aspecto de utilização dos motores é o torque máximo: embora apareçam em regime mais alto, os 9,5 m.kgf a 4.000 rpm do Siena são bastante melhores que os 8,8 m.kgf a 3.000 rpm do Corsa -- este perde para todos os 16V do mercado e também para o oito-válvulas da Ford. Fica a dúvida sobre o acerto da GM em insistir nessa opção, já que seu próprio 16V atingia 9,2 m.kgf a 4.000 rpm. Com a taxa elevada, o motor multiválvula talvez assumisse a liderança em potência e torque entre os 1,0 de aspiração natural, hoje detida pelo Gol 16V (76 cv e 9,7 m.kgf). Continua

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