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Outra situação: a utilização eventual de um combustível de menor octanagem afetará menos a dirigibilidade, pois o atraso de ignição provocado pelo sensor de detonação será compensado com maior abertura da borboleta. O sistema inclui um modelo matemático para prever aumento de potência no caso de o motor estar trabalhando a frio: fica praticamente eliminada a sensação de "motor fraco" durante a fase de aquecimento.

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As curvas de potência (a mais alta) e torque do motor antigo, em azul, e do novo, em vermelho. Clique na imagem para ampliar

O corte de combustível -- com a decorrente "rateada" -- no limite de rotações do motor, comum em motores a injeção, foi substituído por um suave fechamento da borboleta, como se o próprio motorista estivesse aliviando a aceleração. Ainda é possível perceber que se deve mudar de marcha sem olhar o conta-giros, mas requer maior atenção.

Há também um modelo matemático para monitoramento contínuo da carga de bateria. Caso o módulo identifique que o alternador não está conseguindo fornecer energia suficiente para manter a bateria carregada, providencia o aumento da rotação de marcha-lenta -- função útil para evitar a descarga da bateria em longos congestionamentos.

O módulo de comando (ECM) utiliza um processador principal de 32 bits e 25 megahertz, o mais rápido já utilizado pela VW no Brasil, e um segundo processador com 8 bits e 8 megahertz que trabalha em paralelo com o primeiro.

Outras mudanças   Além do RSH e do EGAS, o motor EA-111 da linha 2002 traz outros aprimoramentos.

Entre eles, bloco de ferro fundido e titânio, com reforços estruturais, pistões de alumínio fundido, com novo desenho da cabeça e, como no Gol Turbo, injetores de óleo sob os pistões para resfriá-los.

Esses injetores permitem trabalhar com maior avanço da ignição e são vitais diante da elevadíssima taxa de compressão, 11,5:1 -- tão alta quanto a de certos motores a álcool da era do carburador, como o do Fiat 147.

O cabeçote de fluxo cruzado (admissão por um lado, escapamento pelo outro) tem dutos e válvulas de admissão com baixíssima restrição de fluxo, segundo a VW. A tampa de válvulas, fundida em alumínio, já incorpora os mancais das árvores de comando de válvulas. Isso permite realizar a pré-montagem das árvores, retentores, polias, bobina e sensor de fase, além de eliminar o processo posterior de montagem das 10 capas de mancal, como no motor anterior. A tampa é montada no cabeçote com junta líquida para melhor vedação.

O coletor de admissão manteve o mesmo desenho e é feito com material termoplástico poliamida, reforçado com 30% de fibra-de-vidro. O coletor de escapamento tem liga de níquel.

O ganho de potência no Gol foi de 10% (veja tabela), enquanto o torque melhorou em 4%. Significativo é o aumento do torque em baixas rotações: 20% em torno de 1.000 rpm, segundo a marca.

A VW anuncia também redução média de 5,6% no consumo e melhores tempos de retomada -- mas é preciso considerar que, mesmo com a 5a. marcha pouco mais longa, sua relação final está 3,4% mais curta, por conta do diferencial, o que melhora diretamente as retomadas.

E a alteração, além de gerar um nível de ruído excessivo, não era necessária: com o novo motor e o diferencial anterior, o Gol atingiria 165 km/h a cerca de 5.800 rpm. Ou seja, ficaria pouco distante dos 6.000 rpm (regime de potência máxima) como ocorre hoje, mas com menor ruído interno.
Ficha técnica

Comparação entre motores novo e antigo do Gol
  2002 2001
Velocidade máxima 165 km/h 160 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 13,7 s 14,4 s
Retomada 40 a 100 km/h em 4a./5a. 15,9 s / 23,7 s 18,7 s / 28,0 s
Retomada 60 a 100 km/h em 4a./5a. 10,8 s / 16,1 s 12,4 s / 18,9 s
Retomada 80 a 120 km/h em 4a./5a. 11,9 s / 18,2 s 13,3 s / 20,2 s
Consumo em cidade 13,3 km/l 12,4 km/l
Consumo em estrada 17,4 km/l 16,9 km/l
Dados do fabricante

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