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Comparativo Completo

Mecânica, comportamento e segurança   O novo motor 1,6 16V é o destaque do Brava para 2002. Atendendo às críticas de falta de torque em baixa rotação, a Fiat adotou a mesma unidade usada na Europa no utilitário Doblò, denominada Corsa Lunga em função do curso mais longo que no anterior (saiba mais no Comentário Técnico). O resultado é discreto nos números -- ganho de 0,3 m.kgf aos mesmos 4.500 rpm -- mas perceptível no uso, em que as respostas são mais consistentes na faixa de 1.500 a 3.000 rpm. A potência de 106 cv foi mantida. No Golf de 2,0 litros, por outro lado, permanece o motor conhecido desde o GTI de terceira geração que chegou importado em 1994. O ótimo torque em baixos regimes, 17,3 m.kgf a 2.400 rpm, é seu ponto alto; a potência atinge bons 116 cv.

Clique para ampliar a imagem Novo motor do Brava tem mais torque em baixa rotação e a suspensão traseira está mais firme. Mas a Fiat perdeu a oportunidade de alongar a transmissão para deixá-lo mais agradável no uso urbano e silencioso no rodoviário

O desempenho do Golf é naturalmente superior, mas não por larga margem: velocidade máxima de 195 km/h, contra 186 km/h do Brava, e aceleração de 0 a 100 km/h em 10,4 s ante 10,7 s do Fiat. Este último está 2 km/h mais veloz e 0,1 s mais rápido na aceleração se comparado ao motor anterior. O Fiat é bem melhor em consumo urbano, 10,6 km/l contra 9,1, mas perde no rodoviário, com 15,8 km/l ante 16,1 do Golf, segundo os fabricantes.

Mesmo com a alteração no Brava, os motores mantêm perfis distintos: o do Fiat sobe de giros com mais agilidade e o ronco do escapamento (incômodo para alguns) convida às altas rotações, enquanto o do VW transmite a sensação de motor grande e não entusiasma quando o ponteiro do conta-giros sobe mais. Só que ambos os fabricantes erraram num ponto: relações de marcha.

Em nome da suposta preferência nacional citada no início deste comparativo, os dois carros adotam transmissão mais curta do que seria desejável. No Brava já era assim, mas o novo motor permitiria um razoável alongamento sem deixá-lo lento nas respostas. E o Golf, que tinha relações mais adequadas a seu torque, ganhou na linha 2002 o mesmo câmbio já criticado na avaliação do Bora por ser excessivamente curto.

Já sobrava torque no Golf 2,0 antes, e agora -- com relações de marcha curtas e incorretas, como no Bora -- há ainda mais agilidade, às custas de maior ruído em velocidade de viagem
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Os números não mentem: à velocidade máxima de 186 km/h o Brava estaria girando a 5.700 rpm, ou 200 rpm acima da potência máxima, enquanto o Golf a 195 km/h chegaria a 5.800 rpm, um excesso de 400 rpm sobre o regime de maior potência. Se isso não diz muito para quem não pretende chegar a essas velocidades, vale citar as rotações a 120 km/h, limite em muitas estradas nacionais: 3.650 rpm no Fiat, 3.550 rpm no VW -- o bastante para gerar certo ruído e a sensação de "pedir uma sexta marcha".

Como comparação, o Focus 1,8 (de 115 cv a 5.500 rpm) roda a 120 girando a apenas 3.200 rpm, o que garante baixo e agradável nível de ruído. Outro efeito do câmbio curto é a proximidade das marchas, que devem ser trocadas com maior freqüência no trânsito. Chega a ser válido usar apenas primeira, terceira e quinta no uso tranqüilo, reservando as demais para quando o carro estiver carregado, com ar-condicionado ao máximo ou caso se precise de respostas realmente rápidas, como ao ultrapassar. Continua

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