Best Cars Web Site
Comparativo Completo

E como andam? O Astra é rápido, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e velocidade máxima de 203 km/h, mas o Stilo excede essas marcas, como se espera -- 8,4 s na aceleração e 212 km/h de máxima. Pelas diferenças de potência e torque, pode-se afirmar com certeza que o GSi, com um motor como este, andaria ainda melhor que o Abarth, pelas vantagens em peso e aerodinâmica. Fica-se imaginando como seria confortável a posição da GM se utilizasse o motor turbo de 192 cv, que produz no Brasil, a exemplo do modelo europeu.

Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

Similares em conceito de suspensão, idênticos em pneus, os carros diferem em
comportamento dinâmico: o Astra é mais firme, o Stilo (à direita) mais confortável

O motor do Stilo possui duas árvores de balanceamento, que anulam vibrações e o deixam suave (saiba mais), em equivalência ao do Astra. Já o fator consumo é pouco relevante para um esportivo, mas ganha sua importância nesses tempos de gasolina caríssima. E a vantagem é do GM, com 9,8 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada, contra 9,2 e 13,8 km/l do Fiat, sempre pelos dados de fábrica. 

Os dois modelos têm bom comando de câmbio e uma peculiaridade em comum: embora a marcha à ré seja sincronizada, é difícil engatá-la com o carro em movimento (o que torna uma manobra de estacionamento mais rápida), por haver um desnecessário anel-trava que retarda o engate. Não vemos razão para esse inconveniente, pois existe trava interna no câmbio contra engate involuntário. E no Abarth avaliado incomodou a embreagem, bastante pesada.
Continua

Comentário técnico

Clique para ampliar a imagem

O motor do Stilo possui variador de fase, coletor variável e acelerador eletrônico. A suspensão traseira substitui o braço arrastado do Brava pelo eixo de torção


> O motor do Stilo (o mesmo do Marea, mas com taxa de compressão mais elevada) é bem mais elaborado. Conta com coletor de admissão de geometria variável e variador de fase do comando de válvulas de admissão, recursos que distribuem melhor o torque; acelerador eletrônico, que tende a suavizar as respostas ao comando abrupto do pé direito, além de ser necessário para o controle de estabilidade; e duas árvores de balanceamento, que atenuam vibrações de funcionamento.

> Essas árvores podem não ser um capricho da Fiat por um funcionamento mais macio. Como o curso dos pistões é longo (90 mm), acredita-se que a relação r/l deste motor não seja adequada (no Astra fica no limiar aceitável, 0,30), gerando vibrações. Infelizmente, a marca nunca nos forneceu a informação necessária para o cálculo da r/l (comprimento das bielas), solicitada várias vezes pelo BCWS nos últimos seis meses. Teria algo a esconder?

> As relações de marcha do Astra estão curtas para o motor, levando-o a superar o regime de maior potência (apenas 5.400 rpm)
em 350 giros ao chegar à
velocidade máxima. No Stilo o cálculo foi bem-feito: são 5.800 rpm à máxima, quase as mesmas 5.750 em que se obtém a maior potência.

> A suspensão traseira do Stilo marca o abandono do conceito de braço arrastado, que vinha desde o Tipo e equipou o Brava, em favor do tradicional eixo de torção, como no Astra. Embora seja um sistema razoável -- ou não seria quase unânime na produção brasileira --, não permite independência completa das rodas, uma vantagem do anterior.

> Quanto mais peso no veículo e potência no motor, mais elementos de fixação nas rodas, certo? Esta é a regra, mas estes modelos são exceção. O Astra 16V utiliza cinco parafusos, certo exagero para suas características, já que as versões de oito válvulas têm quatro. Já o Stilo, mesmo o Abarth com seus 1.330 kg e 167 cv, tem apenas quatro elementos de fixação.

> Os pneus dos carros avaliados são idênticos: Pirellis P6000, nacionais, em medida 205/55 R 16 V. Mas o Fiat oferece opção de rodas de 17 pol com largos pneus 215/50, medida inédita em um carro brasileiro.

Avaliações - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados