Os motores da Fiat e
da Renault são bem atuais, com recursos como coletor de
admissão em plástico (mais leve e com menor rugosidade nos
dutos) e acelerador eletrônico. |
No Siena a correia
dentada aciona apenas o comando de escapamento, sendo o de
admissão acionado por engrenagens. Essa correia, aliás, deve
ser trocada só a cada 100 mil km, prenúncio de durabilidade
bem maior que nos antigos motores Fiasa da marca (ainda usados
no Palio Young e Mille). |
Só o Clio vem com
alavancas de acionamento de válvulas roletadas (como no Ford
Zetec Rocam; saiba como
funciona), que permitem melhor rendimento. Seu cabeçote
recebe as sedes de válvula já na fundição, primazia da
marca. |
Um bom trabalho dos
três fabricantes: os motores chegam perto da rotação de
potência máxima com os carros em velocidade final, o que
revela cálculo correto das relações de transmissão. O
câmbio mais curto em quinta marcha, portanto, é o do Corsa,
que atinge o pico de potência a 6.000 rpm (veja
números). |
Exclusivo do Siena
é o comando hidráulico da embreagem, que mantém o pedal
leve e progressivo por toda a vida útil do sistema. |
Os três carros
adotam suspensão dianteira McPherson e traseira de eixo de
torção, mas falta ao Corsa o subchassi
na frente, o que implica pior absorção de irregularidades e
vibrações. |
O sistema EBD, que
apenas a Fiat oferece em conjunto com o ABS, distribui a
pressão dos freios entre os eixos eletronicamente, permitindo
frear em curvas ou durante um desvio com mais eficiência e
segurança. Os concorrentes não dispõe sequer de ABS -- que
ao menos a Renault deveria oferecer, diante de sua estratégia
comercial tão voltada à segurança. |
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Também é do Siena o comando de câmbio mais leve e preciso, enquanto o Clio pode evoluir bastante nesse aspecto --
e é estranho, embora não comprometa a eficiência, o movimento longitudinal da alavanca conforme se usa o acelerador. Mas a Fiat poderia remover o anel-trava da marcha a ré, pois existe trava interna no câmbio.
Já os concorrentes precisam dele, porque a ré fica junto à primeira
marcha.

Motor do Siena é o
mais ágil em baixas rotações, com
dirigibilidade bem melhor que no antigo 1,0 de seis marchas
As três marcas optaram por suspensões similares em conceito (saiba mais sobre técnica
ao lado), mas com resultados algo diversos. A suavização promovida pela Fiat na linha 2001 prejudicou um pouco a precisão em curvas, mas o Siena ficou macio e confortável, com rodar típico de carros médios -- o que se soma ao baixo nível de ruídos e vibrações, tanto mecânicos quanto de rodagem. O Corsa é muito inferior nesse aspecto, evidenciando pertencer a uma geração mais antiga.
O Clio é referência em comportamento em lombadas, passando com integridade e robustez, embora os outros dois não decepcionem nesse ponto. Os freios são corretos nos três, mas a Fiat é a única a oferecer sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos
(EBD) como opcionais. Cabe ainda a crítica à direção do Corsa, que não traz assistência
hidráulica de série e fica devendo em maciez para as assistidas dos demais.

Tecnologia moderna
reflete-se em menor consumo
no Clio, também insuperável na passagem por lombadas
Bolsas infláveis para motorista e passageiro (opcionais), quatro encostos de cabeça e cintos de três pontos traseiros (de série)
equipam os três carros. Assim, as diferenças estão na segurança ativa, a que evita acidentes: é o caso dos faróis de neblina (Clio e Siena), da luz traseira de mesmo fim e dos repetidores de luzes de direção (apenas Clio), ou ainda dos faróis de
superfície complexa (Siena e Corsa) e duplo refletor (só no Fiat).
No GM o porta-malas mais baixo contribui para a visibilidade em manobras, mas o retrovisor esquerdo plano limita o campo visual em relação ao
convexo do Clio e ao biconvexo do Siena, este o
melhor. Continua
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