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Comparativo Completo

O motor flexível do Astra rende bem em toda rotação, mas consome mais; o câmbio agrada pelas trocas decididas

O 2,0-litros do 307 exibe desempenho dos melhores no segmento; a caixa automática às vezes retém marchas quando não é desejável

Mecânica, comportamento
e segurança

O motor do 307 possui duplo comando e quatro válvulas por cilindro, razões para sua vantagem em potência (10,4 cv); já em torque perde do Astra por pequena margem, 0,2 m.kgf (considerando-se o uso de álcool neste). O carro da GM tem a vantagem de rodar com dois combustíveis, o que pode trazer economia no custo por quilômetro conforme a época do ano e a região do País. Ambos são regulares em suavidade de funcionamento e corretos no nível de ruído (saiba mais sobre técnica).

Em desempenho estão muito próximos. A simulação do BCWS indicou vantagem discreta para o 307 em velocidade máxima  e para o Astra em aceleração e retomada, se considerado o uso de álcool pelo segundo. Em consumo, neste caso com gasolina apenas, o modelo Chevrolet mostra-se mais favorável tanto na cidade quando na estrada (veja análise e resultados).

Os dois câmbios têm quatro marchas (poderiam já ter cinco, como no Mercedes-Benz A 190) e seleção entre modo normal, esportivo e de inverno — este leva a acelerações mais suaves, úteis para piso com lama em nosso caso. O do 307 permite trocas manuais seqüenciais, as ascendentes para frente e as reduções para trás, recurso útil em certas condições de uso ou para quem gosta de usá-lo por prazer.

A caixa da PSA (Peugeot-Citroën), assim como a da Renault, retém marchas quando entende que o motorista assim deseja. Ao tirar o pé do acelerador no plano, por exemplo, enquanto a da GM normalmente passa à terceira ou quarta e deixa o automóvel rodar livre, a do grupo francês segura a marcha que está em uso e faz reduções à medida em que a velocidade cai. Em descidas esse processo é ainda mais pronunciado.

O efeito de freio-motor é conveniente em certas condições, como ao se aproximar de uma lombada, mas não quando se quer apenas "aproveitar o embalo" até o ponto de parada. Como já existe a operação seqüencial, o BCWS entende que um câmbio mais "solto" seria preferível, podendo o motorista efetuar as reduções manuais quando desejasse. De resto, ambas as caixas operam com suavidade e boas respostas ao acelerador.

Com suspensões similares em conceito, os dois carros têm um rodar firme e oferecem notável comportamento dinâmico, ao custo de ligeiro desconforto em piso irregular. O 307 chega a surpreender, por se tratar de um carro bem mais alto e com grande área envidraçada (vidros pesam muito). Continua

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