Pela capacidade verdadeira o
porta-malas do Pallas é menor, embora ainda amplo; o motor de 2,0 litros
está adequado, mas o câmbio de quatro marchas nem tanto
Além do espaço de bagagem,
o Jetta supera o C4 pelo torque do motor de 2,5 litros (que em breve
ganha mais 20 cv) e as seis marchas do câmbio automático |
Os dois contam com
aviso específico de porta mal fechada, apoios de braço à frente e atrás
e maçanetas internas brilhantes, para fácil localização à noite. E têm
diversos espaços para objetos, mas falta um compartimento maior no C4
além do porta-luvas (sob o apoio de braço central está o ventilador
traseiro) e ambos deixam de fora a faixa degradê no pára-brisa.
As maiores dimensões do Pallas em comprimento, distância entre eixos e
altura (embora não em largura) refletem-se em vantagem em espaço no
banco traseiro, sobretudo para para pernas e cabeças. O Jetta não chega
a ser apertado, mas deixa claro que é um médio-pequeno crescido — e
ainda tem assento mais baixo e curto e túnel central volumoso. O
passageiro central, porém, fica mal acomodado e com encosto
desconfortável nos dois.
A Citroën divulga — só no Brasil — a capacidade de 580 litros para o
porta-malas do C4, que se aplica à medição com líquido e não ao padrão
usual dos fabricantes, pelo qual são 513 litros. Com isso, o que parece
maior que o do Jetta (538 l) é na verdade menor, embora isso não o
desmereça: ainda é bastante espaçoso. Os dois têm vão de acesso mais
estreito do que deveria e tampa revestida, dotada de
articulações pantográficas. O encosto
traseiro é bipartido em ambos, mas só no C4 o estepe usa roda de
alumínio (o do Jetta é de aço, embora com pneu igual aos demais).
Mecânica,
comportamento
e segurança
O
motor do Jetta está em larga vantagem aparente, com um cilindro e meio
litro de cilindrada a mais, mas na prática supera o do C4 em potência
por apenas 7 cv: 150 contra 143 cv. E não se trata de usar menos
recursos técnicos (saiba mais): o
que ocorreu foi a opção da VW, neste motor idealizado para o mercado
americano, em privilegiar as baixas rotações (a linha 2008, porém, virá
com 20 cv adicionais).
De fato, ele fornece torque máximo de 23,2 m.kgf, ante 20,4 do Citroën,
diferença que se percebe na agilidade de respostas no trânsito urbano,
já que o peso dos carros é quase o mesmo.
Apesar da ausência de árvores de
balanceamento, o cinco-cilindros do Jetta tem funcionamento suave e
um discreto ronco que agrada. O motor do Pallas é um pouco áspero em
alta rotação, sem incomodar no uso normal.
Mais forte e com seis marchas no câmbio automático, o Jetta saiu-se um
pouco melhor em nossa simulação de desempenho, como ao acelerar de 0 a
100 km/h em 11,2 segundos (ante 11,5 s) e atingir velocidade máxima de
204,7 km/h (contra 197,7 km/h). Também venceu nas retomadas e nas várias
condições de consumo, sobretudo na cidade (veja
os resultados e a análise detalhada). Vale notar que a Citroën não
informa dados de desempenho ou consumo, atitude a lamentar.
Os câmbios oferecem, além dos modos normal e esportivo,
opção por trocas manuais na própria alavanca seletora, com toques à
frente ao subir marchas e para trás ao reduzir. No limite de giros a
troca ascendente é feita por si só, mas em modo manual se pode acelerar
bastante em baixa rotação (método carga)
sem levar a redução. O Pallas pareceu-nos o melhor nas linhas Peugeot e
Citroën em termos de respostas da caixa, com menos hesitação para subir
e reduzir marchas, mas não chega a superar o Jetta nesse aspecto.
Continua
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