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A suspensão do Civic foi calibrada para a estabilidade: com amortecedores firmes, chega a ser desconfortável no uso urbano, mas garante a diversão em curvas

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Com pneus de 225 mm, o Golf tem grande aderência e toma bem as curvas, mas a suspensão mostra atenção ao conforto, sobretudo pelos amortecedores macios

No Golf o câmbio é bom de usar e tem a ré ao lado da primeira, sendo engatada com pressão na alavanca para baixo.

Mais diferenças técnicas e de funcionamento aparecem na suspensão, em que cada um segue um conceito para a traseira (braços sobrepostos no Honda, eixo de torção no VW; saiba mais). A calibração do Si é puramente esportiva, com molas, amortecedores e estabilizadores ajustados com foco no comportamento dinâmico. O resultado é excelente estabilidade e sensação de fácil controle em qualquer condição, mesmo com a menor tendência subesterçante em relação aos demais Civics. O conjunto lida bem com irregularidades do piso, mas não se espere muito conforto: em baixa e média velocidade, os amortecedores de carga elevada passam as oscilações para dentro. Em contrapartida, o carro transpõe bem lombadas.

No GTI a proposta é outra, mais voltada ao conforto. Se os pneus de 225 mm de seção — os mais largos em um carro nacional — têm grande aderência, a suspensão foi calibrada para absorver mais as irregularidades. Um pouco mais de carga nos amortecedores seria bem-vinda, tanto para aumentar a precisão de respostas quanto para evitar atritos em lombadas, inconveniente bem conhecido nos Golfs de 1,8 e 2,0 litros.

Os dois carros vêm de série com diferencial autobloqueante e controles de estabilidade e tração (que podem ser desligados por botão no painel). O de estabilidade do Si nos pareceu mais permissivo, atuando mais tarde quando o motorista dirige com entusiasmo, enquanto o de tração do GTI chega a incomodar nas saídas de curva. Ambos estão bem dotados de freios, com grandes discos nas quatro rodas, sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão (EBD). A direção do Honda usa assistência elétrica, em vez da hidráulica usada nas outras versões e também no VW. Na prática o resultado é equivalente, com grande precisão em velocidade sem que sejam pesadas em manobras.

Em iluminação e sinalização estão em equilíbrio: faróis com duplo refletor de superfície complexa, unidades de neblina (também atrás no Golf), terceira luz de freio, repetidores laterais das luzes de direção nos retrovisores. A VW deixou de usar na linha 2008 refletores elipsoidais nos faróis de neblina, que agora são de superfície complexa, e tornou opcional o ajuste elétrico dos fachos, que a Honda também não oferece.

Por outro lado, o GTI ganhou espelhos externos de mesmo tamanho (antes o direito era menor, o que não aprovávamos) e o esquerdo voltou a usar a ótima lente biconvexa, que havia sido eliminada anos atrás como redução de custo. Ainda, o direito ajusta-se para mostrar o meio-fio quando se engata a ré. No Si, cujos grandes retrovisores não ajudam na estética, a lente é convexa em ambos os lados. Ainda em visibilidade, incomodam no Civic as colunas dianteiras mais avançadas e no Golf as traseiras muito largas.

O VW tem um pacote de segurança passiva respeitável, com bolsas infláveis frontais e laterais dianteiras (de tórax) como itens de série, somadas à opção de cortinas infláveis que cobrem toda a área lateral de vidros. Nesse aspecto o Honda deixa a desejar: enquanto a versão Si americana traz todas essas bolsas de série, a nacional vem só com as frontais e sem mais opções — um aspecto que a fábrica japonesa deveria rever. O quinto ocupante dispõe de cinto de três pontos e encosto de cabeça nos dois modelos. Continua

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