C5: estilo mais ousado, com jeito de carro alemão (sobretudo a traseira) e soluções interessantes; a segunda geração deixou de ter cinco portas Fusion: linhas sóbrias, mas ainda atuais, temperadas por uma frente em que a ampla grade divide opiniões; a nova traseira tem agradado mais Accord: apesar do desenho contemporâneo, percebido pelos vincos e ângulos, parece voltado a público mais conservador que o brasileiro |
Concepção e estilo
Em se tratando de
histórico, um deles sobressai: o Accord. Lançado como um hatch médio em
1976, ele passou por grandes reformulações (leia
história) até chegar a esta oitava geração, tão ampla que é
considerada (pelos critérios de volume interno da agência de proteção
ambiental, EPA) um carro grande mesmo nos EUA, onde o Fusion é apenas um
médio. No Brasil foi um dos primeiros lançamentos da Honda, em 1992, e
já está na quinta geração.
Os outros são bem mais recentes. Sucessor do Xantia, o C5 apareceu em
2000 na Europa e no ano seguinte aqui. A segunda geração, que estreou
por lá no fim de 2007, desembarcou no Brasil em maio de 2009. Já o
Fusion, que se baseia na plataforma do Mazda 6 (a marca japonesa faz
parte do grupo Ford), ainda está na primeira geração, apresentada nos
EUA em 2005 e trazida para cá no ano seguinte; o modelo 2010 trouxe
ampla remodelação de estilo.
Como a parte externa,
os interiores estão em diferentes níveis entre o sóbrio e o esportivo. O
C5 pende para este lado com o formato bastante envolvente dos bancos (na
Europa existem dois modelos, sendo o outro mais convencional), o aspecto
do quadro de instrumentos e as linhas de painel, volante (com o cubo
central fixo e repleto de comandos) e portas — nestas, o contorno
desenhado pelo friso brilhante é um charme. Não faltou mesmo inspiração
aos desenhistas de interior da Citroën.
No Fusion, alguns elementos modernos — a seção central do painel e os
instrumentos com fundo degradê azul-turquesa — combinam-se a outros mais
tradicionais, sobretudo o volante, que parece herdado de um Lincoln dos
anos 80. Não desagrada, mas ficaria mais homogêneo se a reforma de meio
de geração tivesse sido mais abrangente. Já o Accord, que foi todo
refeito, mantém o aspecto comportado de um sedã destinado a atender a
grande número de norte-americanos sem causar paixão ou rejeição. É
simples, correto, funcional e sem surpresas. |
Bom trabalho com concavidades no C5 nas portas e no vidro traseiro inspirado no do C6, mas o volume e a atura da parte dianteira são excessivos |
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