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Siena: bom resultado na última das três reformas do desenho original

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Fiesta: harmonioso, mas sem alterações desde 2004 exceto na frente

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207 Passion: traseira volumosa não combina com carroceria compacta

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Symbol: desenho mais recente do grupo é também o mais conservador

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Voyage: decepção com a traseira que depõe contra o conjunto moderno

Concepção e estilo

Dos três estreantes, o que tem maior conteúdo inédito é o Voyage. Baseado no Gol de terceira geração lançado no ano passado, tem carroceria desenhada no Brasil e toda diferente da usada nos modelos anteriores — já a plataforma é semelhante à do Fox e do Polo, este de 2002. O 207, embora use o nome-número do modelo que a Peugeot apresentou na Europa em 2007, é apenas uma reestilização nacional para o conhecido 206 de 1998, feito aqui desde 2001. A seção traseira também não é inédita: salvo pelo para-choque, vem do 206 Sedan produzido desde 2006 pela Iran Khodro, parceira iraniana da marca francesa. Quanto ao Symbol, traz novos painéis de carroceria (apresentados no ano passado a mercados emergentes como os do leste europeu) ao conhecido Clio Sedan de 1999, mantendo sua plataforma e muitos elementos internos.

Dos outros dois, o Fiesta é mais atual. O modelo nacional de segunda geração apareceu em 2002, meses após o similar europeu, e dois anos mais tarde ganhou esta versão de três volumes com traseira desenhada no Brasil. Da mesma forma é nacional o projeto da remodelação de frente, apresentada em 2007. O Siena já acumula um histórico de fazer inveja a muitos cirurgiões plásticos: três reformas de frente e de traseira — em 2000, 2004 e 2008 — sobre a carroceria original lançada em 1997. A última mudança é obra do próprio centro de estilo da Fiat, enquanto a ItalDesign de Giugiaro havia se encarregado das duas anteriores.

O estilo do Gol havia agradado bastante e a expectativa era de que o Voyage correspondesse, mas isso a nosso ver não aconteceu. Embora tenha chegado a linhas equilibradas, a VW foi conservadora ao extremo no desenho da traseira, com lanternas quase quadradas e tampa do porta-malas retilínea e de altura moderada. Chega a parecer mais antigo que modelos como o Corsa sedã de 2002 — sete anos atrás. Uma pena, já que o restante do conjunto é moderno e atraente, com o novo padrão visual da marca na frente e linha de cintura alta para transmitir robustez.

Ao lado do 207, contudo, o Voyage parece bem mais bonito... Respeitamos quem goste — apesar de não termos encontrado ninguém entre os que opinaram durante a avaliação —, mas o Passion é o antônimo da harmonia de linhas. A frente volumosa copiada do 207 francês, que ficou desproporcional no hatch, até fica mais aceitável no sedã por haver volume adicional atrás do eixo traseiro. O problema está neste volume: um enorme porta-malas de formas arredondadas, mal preenchido por lanternas diminutas e que destoa das laterais com portas pequenas, mantidas do antigo 206.

Por ter todos os painéis de carroceria novos e não derivar de um hatch, o desenho do Symbol conseguiu ficar mais harmonioso — só que daí a impressionar há um longo caminho. A sensação de Clio repaginado é clara, como nos vidros grandes e baixos e o para-brisa mais à vertical, que denunciam o aproveitamento da estrutura do antigo modelo. De resto, há algumas soluções de estilo de gosto discutível, o que não é novidade em se tratando de Renault, e o desenho como um todo é conservador. Como um todo, o carro teve aprovação mediana entre os que opinaram.

Quanto aos outros dois, a aceitação do mercado já é conhecida. O Fiesta começa a acusar o peso dos anos (linhas retas o sentem mais cedo que as arredondadas), até porque não houve mudanças na parte traseira quando da reforma de 2007, mas tem equilíbrio de linhas e ainda agrada à maioria. E o Siena, apesar do envelhecimento da seção central, ficou bem mais atraente com as novas frente e traseira, esta inspirada na de modelos Alfa Romeo. Seu ponto mais crítico de desenho é a pequena distância entre eixos, que deixa as rodas traseiras mais à frente do que deveriam. Seria bem melhor se tivesse sido usada no projeto a medida da Weekend, 6 cm maior.

A melhor aerodinâmica é do Voyage, com Cx declarado de 0,31, ante 0,34 do Siena e 0,36 do Fiesta. O Symbol provavelmente mantém o do Clio (0,35), pois a forma básica da carroceria não mudou, e o 206 hatch tinha o bom índice 0,32, que se acredita valer também para o 207 Passion. Multiplicados à área frontal calculada, esses coeficientes resultam em  0,69 no VW, 0,71 no Peugeot, 0,74 no Fiat, 0,77 no Renault e 0,83 no Ford (quanto mais baixo o valor final, melhor a aerodinâmica). Continua

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Vistos de frente, nenhum tem mais de dois anos de mercado, mas a seção central das carrocerias e, sobretudo, as plataformas chegam a acumular mais de uma década Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

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