Os engenheiros da BMW, ainda não satisfeitos, sabiam que precisavam realizar modificações na mecânica e na estrutura para quebrar a hegemonia da Alfa Romeo. Então resolveram buscar ajuda justamente no território do inimigo: para otimizar o desempenho do 328 foi contratada a empresa Carrozzeria Touring, de Milão, Itália, que se gabava de ter construído Alfas vencedores, com suas carrocerias superleggera, superleves, feitas de materiais de baixo peso e contendo anexos aerodinâmicos.

O resultado foi o 328 MM (Mille Miglia) Roadster, equipado com uma nova carroceria de alumínio e magnésio, reduzindo seu peso para 715 kg. Com alterações mecânicas a potência saltava de 80 para 135 cv a 5.500 rpm, número que proporcionava a velocidade máxima de 200 km/h.

Seu desenho havia sofrido importantes modificações. As linhas estavam mais suaves e arredondadas, os pára-lamas se integravam à carroceria, as rodas traseiras eram cobertas e a traseira tinha ganho novo formato. O pára-brisa era substituído por uma pequena viseira, que mal protegia as mãos do piloto. Tudo isso para garantir o melhor coeficiente aerodinâmico e explorar ao máximo a capacidade do motor.

O MM Roadster tornou-se um mito, tanto pela mínima produção quanto pela quantidade de vitórias. Sua produção se baseou em apenas seis exemplares, sendo três construídos em Milão e outros três em Munique. Mas ainda não havia conquistado as duas principais provas do automobilismo europeu: a Mille Miglia e a 24 Horas de Le Mans.

Desbancando a Alfa   Na mesma época em que o MM Roadster abocanhava vitórias, outro modelo surgia para levar a BMW ao status das grandes marcas do automobilismo. Ainda em 1938 era desenvolvido o 328 Coupé Touring, em parceria com a empresa de carrocerias de Milão. O modelo foi concebido para participar de Le Mans e, segundo o regulamento da prova, era proibido o uso de carros com carroceria aberta, ou seja, conversíveis. Continua

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