A receita foi bem-recebida pelos americanos. De 18 mil unidades em 1976, o Accord passava a 120 mil dois anos depois, quando chegava o acabamento superior LX, dotado de ar-condicionado, revestimento dos bancos em veludo e relógio digital. Mas ainda faltava o óbvio: uma versão sedã de quatro portas, desde sempre a preferida por aquele mercado. Em 1979 ela era introduzida, com o mesmo entreeixos do hatch e um comprimento 22 cm maior na traseira, apenas em acabamento básico.

Com a mesma mecânica, a segunda geração continuava a fase de crescimento. Nos EUA usava quatro faróis retangulares; no Japão, apenas dois maiores

Ao mesmo tempo, o motor passava a 1,8 litro e 72 cv e aparecia a oferta de direção assistida. A Honda estava bem preparada para a concorrência, que incluía o Mazda 626 e o Toyota Corona, além dos modelos locais. Um ano depois vinha a terceira marcha para o câmbio automático e era atingido o primeiro milhão de unidades. Em 1981, último ano-modelo da primeira geração, era lançado o Accord SE, com revestimento dos bancos em couro, controle elétrico dos vidros e travas, rádio/toca-fitas e rodas de alumínio.

A segunda fase   Algo que marcou quase todas as gerações deste Honda foi o crescimento das dimensões. Já no modelo 1982 isso ficava evidente, com mais 7 cm entre eixos e 5 cm no comprimento (o sedã chegava a 4,41 m), ampliando o espaço interno. A nova carroceria tinha linhas mais atraentes e modernas, com faróis retangulares (quatro no mercado americano), embora a mecânica da primeira geração fosse mantida — salvo por 3 cv adicionais no motor 1,8, que chegava aos 75. Permaneciam as versões três-portas básica e LX e quatro-portas básica. Continua

No Japão
O país de origem do Accord teve, a maior parte do tempo, modelos similares aos do mercado americano. Mas algumas inovações técnicas apareceram antes ou existiram somente por lá, como suspensão com nivelamento de altura automático na segunda geração, tração integral na terceira e controle de estabilidade, na sexta.

O modelo japonês ofereceu também carrocerias que o americano não teve, como a perua Aerodeck (acima) de terceira geração, com três portas e um estilo curioso, já em 1985. Já o cupê (a partir de 1988) e a perua de cinco portas (em 1991) foram exportados dos EUA para o Japão.

Uma sensível diferença entre as versões para Ásia e América surgia apenas na sexta geração, em 1997,

em que o japonês (acima e abaixo) passava a ser diferente também do europeu. A versão mais picante tinha motor de 2,0 litros e 200 cv, com VTEC, havendo outras de 140, 150, 160 e 180 cv, com cilindrada de 1,8 a 2,3 litros.

A distinção se acentuou no sétimo modelo, de 2003, quando o japonês ficou mais bonito e esportivo que o americano. O motor mais potente é o 2,4-litros de 190 cv a 6.800 rpm da versão Type-S, que o leva a 235 km/h.

No Brasil
O Accord começou a ser importado oficialmente pela Honda para nosso país em julho de 1992, apenas dois anos após a reabertura do mercado. Vinha nas versões sedã (ao lado) e perua de quatro portas com motor de 2,2 litros.

Em 1994, pouco depois dos americanos, recebíamos o sedã de quinta geração (LX e EX 2,2) e mais tarde a perua (nas mesmas versões) e o cupê (EX e EX-L 2,2). Dois anos depois a frente era modificada e os acabamentos passavam a EX (apenas sedã) e EXR-L (também cupê). A perua deixava de ser trazida. O modelo 1998 chegava com nova carroceria, apenas como sedã EX e EXR e com motor 2,3. O cupê havia deixado o mercado em 1996.


Essa geração foi vendida até o início de 2003, quando a sétima estreava, sempre seguindo o padrão dos EUA. As vendas acumuladas desde 1992 somam 8.098 unidades do sedã (até o fim de 2003), 268 do cupê e 289 da perua.

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