As versões de carroceria não mudavam, mas o hatch vinha nos acabamentos DX e LXi, e o sedã, nos DX, LX e LXi, em que o "i" indicava o uso de injeção eletrônica. No caso do sedã, esta versão de topo vinha com teto solar. Carro maior, motor também maior: de 1,8 passava a 2,0 litros, com 98 cv a carburador e 110 com injeção. Importante novidade técnica era a suspensão independente com braços sobrepostos, à frente e atrás, conceito moderno que garantia comportamento dinâmico dos melhores — sobretudo a um tempo em que os eixos traseiros rígidos ainda predominavam nos sedãs americanos.

Seguindo as linhas do sedã, a Honda lançava em 1988 o elegante cupê duas-portas (à direita)

Aquela que talvez seja a mais bela versão do Accord da época surgia em 1988: o cupê de três volumes e duas portas, disponível como DX e LXi. Todo LXi, aliás, passava a desenvolver 120 cv. E, como na geração anterior, o último ano desse modelo — 1989 — marcava a oferta do acabamento SE-i, para o sedã e o cupê, com bancos de couro, sofisticado sistema de áudio Bose com comandos no volante, rodas de alumínio de 14 pol e freios a disco também nas rodas traseiras. Nesse ano a produção mundial acumulada chegava a cinco milhões.

Assumindo a liderança   Ao evoluir em técnica e conforto a cada geração, a Honda conseguiu um feito notável com o quarto Accord, lançado em 1990: a liderança de vendas entre os automóveis nos EUA naquele ano e nos dois subseqüentes (o "carro" mais vendido, contudo, permanecia o picape Ford da série F). Com o entreeixos aumentando em mais 17 cm e chegando a respeitáveis 2,72 metros, seria difícil obter um estilo harmonioso para um hatch. Assim, apenas o sedã de quatro portas e o cupê eram oferecidos.

Na quarta geração o hatch era abandonado: com mais 17 cm entre eixos, o Accord assumia em definitivo seu caráter de carro médio-grande, com espaço bem ao gosto dos americanos

Os faróis escamoteáveis pertenciam ao passado, mas o novo carro era ainda assim moderno e elegante. Seguindo a tendência da década, as luzes dianteiras tinham perfil baixo e afilado, em contraste às amplas lanternas traseiras. As versões eram agora DX, LX (com ar-condicionado, controlador de velocidade, comandos elétricos) e EX (incluindo rodas de alumínio, teto solar e maior potência).

Todas contavam com injeção no novo motor de quatro cilindros e 2,2 litros, de 130 cv no EX e 125 cv nos demais. O câmbio automático tinha controle eletrônico e havia um mecanismo automático de colocação da faixa diagonal dos cintos dianteiros, que a posicionava no lugar ao fechar a porta — uma exigência da legislação americana que não trouxe bons resultados, pois muitos deixavam de afivelar a faixa subabdominal.

Colunas estreitas e grandes janelas garantiam visibilidade das melhores à nova linha, que incluía pela primeira vez uma perua de cinco portas, disponível também nos EUA

A primeira perua da linha, denominada apenas Accord Wagon, era lançada em 1991 nas versões LX e EX, com a novidade da bolsa inflável para o motorista e um amplo compartimento de bagagem. No mesmo ano chegava o acabamento SE, com bancos de couro, motor de 140 cv e inédito sistema antitravamento (ABS) de freios. Um ano após, a maior potência e o ABS eram estendidos ao EX (o SE deixava de existir), enquanto a bolsa inflável em toda a linha dispensava os cintos automáticos e pequenas alterações de estilo eram inseridas. O SE não demoraria a voltar: era relançado em 1993, último ano da geração, com bancos de couro e áudio Bose. E o sedã ganhava bolsa inflável do passageiro. Continua

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