Os adeptos de motores de seis cilindros — e não são poucos nos EUA — eram atendidos em 1995. O V6 de 2,7 litros, 24 válvulas e 170 cv não era novo, pois equipara o Acura Legend havia mais de cinco anos, mas oferecia o torque e a suavidade que os americanos tanto apreciam. Disponível nos acabamentos LX e EX, incluía uma frente pouco mais longa e grade cromada, além de câmbio automático de série.

A grade cromada lançada com o motor V6 era adotada em todo Accord em 1997, em uma concessão aos que criticavam o desenho mais esportivo anterior

Ainda nesse ano era inaugurada a produção do Accord no México, ainda hoje o fornecedor do modelo de quatro portas para os EUA (onde é feito o cupê). O desenho esportivo era alvo de retoques já em 1996, com lanternas traseiras maiores, pára-choques mais volumosos e frente similar à do V6 para os modelos inferiores. O seis-cilindros ganhava ajuste elétrico do banco do motorista.

De volta ao clássico   Ao perceber que apostar na esportividade não renderia muitos frutos entre o conservador público-alvo do modelo nos EUA, a Honda optava por linhas mais clássicas e menos européias no Accord de sexta geração, modelo 1998. Colunas estreitas, porta-malas menos imponente e grandes vidros o associavam ao bem-sucedido modelo de 1990 a 1993, embora com um ar contemporâneo. Estava também mais longo, alto e espaçoso, embora com o mesmo entreeixos de antes — mas perdia a versão perua.

Novamente conservador, o desenho da sexta geração só conservava alguma esportividade no cupê, o que atendia à preferência americana

As versões LX e EX (sedã e cupê) de quatro cilindros partilhavam o motor de 2,3 litros com comando VTEC e 150 cv, ficando a DX (sedã apenas) com um de 135 cv sem o dispositivo. O motor V6 também adotava o VTEC e passava a 3,0 litros e 200 cv, um ganho de 30 cv que trazia desempenho ainda desconhecido no modelo. Freios ABS eram de série no EX 2,3 e nos LX e EX V6. Um ano depois, o EX recebia controle remoto da trava das portas.

Os modelos seguintes evoluíam em segurança. Em 2000 chegavam as bolsas infláveis laterais, para os V6 e o EX 2,3, e as frontais com sensor no banco do passageiro, para evitar seu disparo no caso de transporte de crianças naquele assento. No ano seguinte, o V6 ganhava controle de tração. Além disso, toda a linha tinha retoques de aparência e o EX V6 recebia controle automático de temperatura do ar-condicionado, rádio/toca-CDs com disqueteira no painel e ajuste elétrico do banco do passageiro.

Se o estilo parecia ter regredido no tempo, o novo Accord estava mais espaçoso, seguro e eficiente, com motor V6 de 3,0 litros e 200 cv na versão de topo

Com uma ampla concorrência de modelos de origem japonesa (Toyota Camry, Nissan Altima), americana (Ford Taurus, Chevrolet Malibu, Chrysler Sebring) e também européia (como VW Passat), o Accord chegava em 2003 à sétima geração. Com pequenas alterações em tamanho e peso, assumia um estilo bem mais encorpado, com um volumoso porta-malas e faróis quase triangulares. Como em outras renovações, evoluía em equipamentos, espaço interno, aerodinâmica e potência. Continua

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