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Carros do Passado

O cenário piorava para 1971, ano em que apregoar alto desempenho passava a ser considerado apologia à poluição do ar. Todas as divisões da GM baixavam a taxa de compressão dos motores para que se pudesse usar gasolina com pouco ou nenhum chumbo tetraetila, portanto de menor octanagem. No caso do GTO, isso significava a queda de potência de 350 para 300 cv (torque de 55,3 m.kgf), no motor 400 básico, e de 360 para 335 cv (com 66,3 m.kgf) no caso do 455. Ram Air? Nem pensar.

Apesar da eliminação da frente Endura, o modelo 1970 não perdia imponência: seu estilo ainda estava em plena forma, sem as mudanças desarmônicas que se seguiriam

Como que marcando a perda de desempenho, o estilo frontal era modificado para pior, em que os elementos da grade sobressaíam mais que o desejado. O desenho não mudava para 1972, mas desaparecia a versão Judge e a sensação geral era de potência ainda menor: entrava em vigor o padrão SAE líquido, que resultava em valores cerca de 30% mais baixos. O GTO básico passava a 250 cv a 4.400 rpm; a versão 455 oferecia a mesma potência a apenas 3.600 rpm.

A estratégia de oferecer algo mais quente só para quem analisasse a fundo a lista de opcionais, porém, era mantida. Denominado 455 HO (High Output), o motor mais potente usava recursos do antigo Ram Air, para extrair 300 cv líquidos a 4.000 rpm e torque de 57,3 m.kgf a 3.200 rpm, mesmo com a baixa taxa de compressão de 8,4:1. Mesmo assim, muitos preferiam manter seus carros de anos anteriores e as vendas sentiram: 10 mil GTOs em 1971, 5,8 mil em 1972.
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Nas telas
O mais exótico GTO que já se viu nas telas foi o Monkeemobile do conjunto Pop americano da década de 60. O seriado cômico passava toda semana na TV.

Dois conversíveis 1966 (acima), com motor de 335 cv e câmbio automático, receberam uma frente pontuda, pára-brisa bipartido, terceira fila de assentos, pára-choques e lanternas exagerados e uma capota bege, imitando aquelas usadas nos carros do princípio do século passado. Pouco discretos.

Ainda na TV, no ótimo seriado Jeannie é um Gênio (I Dream Of Jeannie), o amo de Barbara Éden (Jeannie), o Major Nelson, num dos episódios aparece num GTO 1967. Seu amigo atrapalhado também gosta da marca: Rodger Healey dirige um GTO 1968 conversível. Em várias cenas dos 139 episódios de 1965 a 1970 aparecem Pontiacs na porta da garagem da casa e vários são GTO.

O filme Corrida sem Fim (Two-Lane Blacktop), de 1970, estrelado por James Taylor e Warren Oates, talvez seja o da época em que o GTO aparece mais. O famoso músico está a bordo de um Chevrolet 1955 muito preparado rodando por pequenas estradas dos EUA. Oates, seu perseguidor implacável, não o deixa em paz a bordo de seu GTO Judge 1970 alaranjado. É um filme interessante, que fez história na década de 70.

Em Velocidade Máxima (Speed), de 1994, estrelado por Keanu Reeves, Dennis Hopper e Sandra Bullock, a bela atriz está ao volante do ônibus GM que aloja um bomba presa no assoalho. Quando este sai da freeway e entra numa contramão numa avenida da cidade, o primeiro carro a ser acertado é um GTO vermelho 1969. Uma pena, pois o carro estava conservado.

Em Cadê a Grana (Where The Money Is), de 2000, o astro Paul Newman também dá uma ré espetacular num GTO Hardtop 1970 vermelho. Recente, este divertido filme é facilmente encontrado em locadoras.

No recente Triplo X (xXx no original), dirigido por Rob Cohen e lançado em 2002, o agente secreto Xander Cage (acima), vivido por Vin Diesel, é proprietário de um belo GTO 1967 conversível azul-escuro.

Vale a pena ser visto pelas cenas movimentadas e pelo espetacular Pontiac. A marca aproveitou a participação para trazer de volta as boas lembranças sobre o GTO, com vistas ao lançamento do novo modelo meses depois. Uma prévia deste pode ser vista ao final do filme na versão em DVD.

por Francis Castaings

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