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Carros do Passado

A tração era traseira e a caixa automática de quatro marchas, com alavanca na coluna de direção, permitia mudanças manuais. Suas posições eram P, R, O, 4, 3 e 2, ou seja, o motorista escolhia entre a quarta "manual" (4) e a quarta "automática" (O, de overdrive ou sobremarcha). E não tinha conversor de torque, utilizando uma embreagem fluida. Tanto a caixa quanto o sistema de direção eram fabricados pela própria Daimler-Benz, em vez de comprados de terceiros — a Rolls-Royce, por exemplo, adquiria caixas automáticas da GM.

A suspensão pneumática era um símbolo do requinte técnico do 600: à esquerda, o ajuste de atuação dos amortecedores; à direita, o de altura de rodagem

O tanque de combustível podia receber 112 litros. Os freios eram a disco nas quatro rodas, com assistência, sendo que os dianteiros tinham pinças duplas e eram de diâmetro menor que os traseiros, o contrário do habitual. Toda a tubulação era duplicada, uma segurança contra falhas.

Suspensão a ar   Um dos destaques do 600 era a suspensão pneumática. Compartimentos de borracha eram enchidos de ar por um compressor, sendo a pressão regulada por um válvula e distribuída entre as quatro rodas. Dois dispositivos de regulagem eram ligados às barras estabilizadoras, dianteira e traseira. A pressão variava conforme o estado da estrada, oferecendo três níveis de atuação, escolhidos através de uma pequena alavanca à esquerda do volante. Um botão elevava o veículo em 50 mm para travessia de terrenos acidentados e o nível da carroceria era mantido todo o tempo.

A versão Landaulet, escolhida para servir ao Papa Paulo VI, tinha a seção traseira da cabine conversível, enquanto a parte do motorista permanecia coberta

Por dentro, o luxo acompanhava um conforto excepcional. Era um carro para magnatas, reis e chefes de estado. Um modelo Landaulet serviu ao Vaticano para transportar o Papa Paulo VI, a partir de 1966. Neste, o teto era mais alto e, nos pára-lamas dianteiros, vinham suportes para a colocação de bandeirinhas. Depois de 20 anos seria doado ao museu da Mercedes.

O volante, muito belo por sinal, tinha dois raios, regulagem de altura e aro de metal para acionamento da buzina — ou melhor, das buzinas, pois havia seleção entre uma mais baixa, para a cidade, e outra mais potente, ideal para a estrada. Como em todo Mercedes desde 1959, o cubo central era revestido, um cuidado com a segurança, já que o carro tinha cintos mas ninguém os utilizava àquela época.

A liberação do freio de estacionamento (à esquerda) era automática ao mover a alavanca de câmbio; o volante já oferecia ajuste de altura e seleção entre buzinas para cidade e para estrada

De batente a batente eram apenas 3,2 voltas e o diâmetro de giro era de 12,4 metros, baixo para um veículo deste porte. Embaixo, além dos pedais de acelerador e freio, havia o botão comutador de farol baixo e alto e o pedal do freio de estacionamento, cuja liberação era automática ao tirar o câmbio da posição P. Continua

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