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Carros do Passado

Todos os vidros tinham controle elétrico — inclusive aquele, opcional, que separava o motorista dos passageiros — e o traseiro possuía desembaçador elétrico, algo incomum na época. O 600 foi também o primeiro carro do mundo com ajuste interno dos retrovisores. O motorista dispunha no belo painel de velocímetro graduado em milhas e quilômetros por hora, conta-giros e marcadores de pressão de óleo, temperatura do motor e nível do tanque de gasolina, cuja reserva contava com 19 litros, além de relógio elétrico. A luz interna já era temporizada.

No interior, painel completo, o grande volante típico dos Mercedes e um acabamento sofisticado, que não fazia economia em madeiras nobres, veludo e couro

O sistema de áudio tinha um rádio Becker Grand Prix AM-FM-LW (ondas longas, banda que só se usou na Europa) e antena elétrica automática. O sistema de  ventilação interna, muito eficiente, vinha com circulação de ar à temperatura ambiente e ar quente por todo o amplo compartimento de passageiros; o ar-condicionado era opcional. Conforme o pedido, podia ter minibar, televisão, telefone e equipamentos de escritório.

Claro, não faltavam o cinzeiro e o acendedor de cigarros em cada porta. O teto solar de aço, opcional, era aberto por sistema hidráulico, considerado mais confiável que o elétrico. O mesmo sistema erguia e baixava a tampa do porta-malas. E até a remoção do estepe do porta-malas era assistida: liberada uma trava, uma mola o empurrava para facilitar a retirada.

O espaço no banco traseiro era um ponto alto, permitindo a instalação pela fábrica
de vidro para divisão do habitáculo, equipamentos de escritório e até televisão

Todos os bancos tinham controles hidráulicos, em que apenas um botão fazia o ajuste horizontal, o vertical e o do encosto. Os traseiros podiam ficar um de frente ao outro ou não, conforme a configuração pedida, e eram ajustáveis em distância e reclinação. Todos atrás tinham apoio para os pés. Para suportar tantos acessórios, a bateria tinha 88 ampères-hora e havia dois alternadores.

O tecido dos bancos e tapetes era em veludo ou couro de ótima qualidade, em diversas tonalidades. Muitos cromados também nos frisos internos e maçanetas. Por dentro ou por fora, para abrir ou fechar, o esforço era mínimo. Um detalhe delicado. Revestimentos em madeira nobre não eram economizados.
Continua

O desfile do século
Em Paris, em 1998,  por ocasião do centenário do automóvel, foi realizado um desfile numa das mais charmosas avenidas da cidade-luz. Cerca de 2.000 automóveis entraram na Avenida Champs Élysées. A população, apesar da chuva, compareceu em massa. Foram 700 veículos, de 1898 a 1970, divididos em décadas. Dentre eles estava o 600, devidamente apresentado e composto. Um exemplar Pullman na cor preta. Não poderia faltar.

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