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Carros do Passado

O Miura foi um sucesso em termos de tecnologia, estilo e desempenho. Para elevar ainda mais a imagem do modelo, Bob Wallace viajou com um para Mônaco, onde foi o carro-madrinha do GP mais famoso da Fórmula 1. No entanto, o P400 vendeu apenas 475 unidades entre 1966 e 1969, devido ao altíssimo preço (US$ 19 mil na época), a problemas mecânicos e ao baixo nível de conforto. A Lamborghini precisava resolver esses empecilhos para conquistar novos compradores.

Apesar do renome conquistado, o Miura P400 não foi bem-sucedido nas vendas, em função do alto preço, reduzido conforto e baixa confiabilidade

O Miura P400 S   Em 1969 a marca italiana, deparando-se com os números modestos de vendas, decidiu que estava na hora de revisar o Miura. A Ferrari havia lançado em 1968 o 365 GTB/4 "Daytona", que se tornou um dos mais famosos modelos por ela produzidos. Seu motor V12 dianteiro desenvolvia 352 cv e 44 m.kgf, para acelerar até 280 km/h. Ou seja, andava tanto quanto o Lambo, era mais forte, muito mais confortável e, além disso, carregava o emblema da Ferrari. Do outro lado do Atlântico a GM apresentava a terceira geração do Corvette (C3), com desenho imponente e muita potência.

Como não poderia modificar a estrutura do carro, mas precisava torná-lo mais potente e menos hostil para quem dirigia, a Lamborghini decidiu investir no conforto. Agora o Miura S (Spinto, algo como "impulsionado" em italiano) vinha equipado com ar-condicionado, controle elétrico dos vidros, rádio e novo painel com porta-luvas, além de cintos de três pontos. Era possível adquirir maletas personalizadas, pintura perolizada e até mesmo direção do lado direito, para consumidores japoneses e ingleses.

Na versão P400 S, ganhos em conforto: ar-condicionado, rádio, porta-luvas, controle elétrico dos vidros -- e 20 cv adicionais

Na parte mecânica, modificações no motor (como elevação da taxa de compressão de 9,8:1 para 10,4:1) aumentaram a potência para 370 cv a 7.500 rpm e o torque de 36,8 para 39 m.kgf. Somados às modificações no chassi, que reduziram seu peso, e à adoção de discos de freios ventilados, o Miura teve ganhos expressivos em desempenho e comportamento. A aceleração no quarto-de-milha caía para 13,9 s e alcançava a máxima de 285 km/h. O P400 S havia superado os números do Daytona e, entre 1970 e 1971, 140 modelos foram produzidos. Continua

Em escala

Um dos primeiros fabricantes a produzir a miniatura do Miura foi a Matchbox inglesa. Já constava do catálogo de 1966. Na escala 1:60, vinha na cor dourada, as portas se abriam e as rodas eram do tipo Superfast. A mesma o fez na categoria King Size, em escala 1:43. Na cor vermelha, as rodas esterçavam e o capô se abria mostrando o motor. Ambos bem feitos e corretos.

A Playart de Hong Kong também fez um na cor azul, na escala 1:60. Nada abria, mas o acabamento era bom. Quem prefere a 1:43 tem opções da Revell (acima) e da Minichamps, com bom detalhamento, ambas na cor amarela.

No Brasil, vendido em bancas de revista, foi lançada em 2000 a Dell Prado Collection, que há pouco foi reeditada.

Um exemplar do Miura chegou aos quiosques na cor amarela, na escala 1:43. Também muito bem feita.

A melhor, e também mais cara, foi fabricada pela Anson chinesa (acima). Na escala 1:18, é uma miniatura muito detalhada. Também na cor amarela, as rodas e o volante esterçam, as portas se abrem, no capô dianteiro fica o estepe, com o pneu da marca Pirelli, e no traseiro nota-se o motor cromado de 12 cilindros bem detalhado, com destaque para os cabos de velas vermelhos e as cornetas de aspiração.

Por dentro os bancos vêm em marrom e preto, os pedais são prateados, a alavanca de câmbio tem a bela grelha, o volante é de três raios. Impecável.

por Francis Castaings

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