Pouco após o Ranger (ainda importado) da Ford, o modelo da Chevrolet chegava ao mercado em fevereiro de 1995, embalado na campanha publicitária que utilizava uma gíria comum à época: "Essa é dez", um trocadilho com a pronúncia do nome S10. Havia ficado mesmo atraente, com a frente arredondada, faróis em forma de trapézio (com lente de policarbonato, as primeiras em um veículo nacional, e duplo refletor) e pára-choque bem integrado ao estilo.

O S10 brasileiro: cabine simples, motor 2,2-litros vindo do Omega e acabamentos básico (picape verde) e DeLuxe

Disponível em versões básica e DeLuxe, esta trazia a moldura frontal inferior e o pára-choque pintados na cor da carroceria. O coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,46 era ótimo para um veículo da categoria. Outras áreas modificadas pela GMB haviam sido os pára-lamas, com uma saliência nos traseiros, e as lanternas posteriores, com a seção em âmbar (nos EUA são vermelhas). A cabine arredondada e os vidros rentes à carroceria transpareciam modernidade. O DeLuxe incluía rodas de alumínio, com pneus 225/75-15, em vez das de aço com 205/75-15.

Praticamente igual por dentro ao americano, o S10 oferecia um ambiente moderno e aconchegante, com revestimentos de boa qualidade e em tons claros na versão DeLuxe. Tinha um painel completo (incluindo voltímetro, manômetro de óleo e conta-giros, este ausente do acabamento básico), volante de quatro raios ajustável em altura e opcionais como controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores, bancos individuais com console central, rádio/toca-fitas e ar-condicionado. O freio de estacionamento era acionado por pedal.

O desenho frontal do S10 nacional foi desenvolvido aqui mesmo. À esquerda um
modelo em clay (argila), e à direita duas propostas ligeiramente diferentes

Motor de Omega   Em vez de importar motores dos EUA, a GM optou por uma solução "de prateleira": o 2,2-litros então recém-adotado no Omega, com comando no cabeçote e oito válvulas. Simplificado na injeção (monoponto em vez de multiponto) e com comando voltado à distribuição de torque, desenvolvia 106 cv, 10 a menos que no automóvel, e torque máximo de 19,2 m.kgf, contra 20,1 m.kgf.

O câmbio de cinco marchas tinha engates leves para um picape e o comando de embreagem era hidráulico. A direção assistida, de série apenas no DeLuxe, oferecia relação variável, mais rápida no centro, e os freios incluíam sistema antitravamento (ABS) traseiro de série. Diferencial autobloqueante era um opcional recomendável e a suspensão dianteira usava barra de torção em vez de mola helicoidal.
Continua

Pelo mundo

Seja por produção local ou via importação, diversos outros cantos do globo tiveram no mercado o S10 ou o Blazer.

A chinesa Jinbei-GM Automotive Company Ltd. iniciou em 2000 a fabricação do Blazer V6 e do S10 de cabine dupla, com motor V6 4,3, tração 4x4 e componentes brasileiros. O estilo é o mesmo dos modelos vendidos aqui até aquele ano (foto do S10 acima) e o motor 2,4 foi introduzido mais tarde como opção.

A GM também montou na Rússia, a partir de 1996, através da Elabuga Car Factory (ElAZ), o Blazer de tração traseira e motor 2,2, com peças vindas do Brasil,

enquanto a versão 4x4 tinha motor V6 e componentes importados dos EUA (como o de polícia à direita). Mas recentemente o substituiu pelo TrailBlazer — estamos mesmo ficando para trás, até dos russos.

Em países europeus a própria Chevrolet vendeu a versão americana em pequeno volume, em concessionárias anexas às da Opel, sua subsidiária alemã. E curioso mesmo é que a PT General Motors Indonesia, na Indonésia — você adivinhou —, produz o Blazer de estilo americano sob a marca Opel, pois é com o emblema da subsidiária alemã da GM que a empresa atua naquele mercado desde 1994. Oferece as versões de três e de cinco portas, ambas com motor 2,2.

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