O motor 2,5 turbodiesel Maxion era substituído, em abril de 2000, pelo MWM Sprint de 2,8 litros, com resfriador de ar, três válvulas por cilindro e potência recorde na categoria: 132 cv. Com o alto torque de 34 m.kgf a 1.800 rpm, seu desempenho se aproximava do V6 a gasolina, com máxima de mais de 170 km/h, mas o nível de ruído em circulação urbana era um tanto incômodo.

Picape de luxo: o S10 Executive tinha cabine dupla, motor V6 4,3 e os mesmos itens de conforto do Blazer, incluindo câmbio automático a partir de 2000

No Salão do Automóvel de 2000 a GM apresentava a mais ampla reformulação dos dois modelos. Mais uma vez desenhada no Brasil, a nova frente exibia faróis trapezoidais, com dois refletores de superfície complexa e luzes de direção embaixo, ampla grade e linhas mais retas. Os pára-lamas e as lanternas traseiras (no S10 somente) também eram renovados, assumindo formas que até hoje têm a rejeição de muitos.

No interior, em contrapartida, boas mudanças: painel mais arredondado, com comandos de luzes mais funcionais e espaço para a bolsa inflável do passageiro, e assoalho desse lado sem o "calombo". Outra novidade era o motor de 2,4 litros a gasolina, em substituição ao 2,2, do qual foi derivado. Oferecia 128 cv e torque de 21,9 m.kgf a 2.600 rpm.

Na linha 2001, boas mudanças internas e motor de 2,4 litros e 128 cv, mas a reformulação de estilo não agradou a muitos

Na linha 2002 vinham poucas mudanças. O S10 Executive reunia cabine dupla, tração 4x4 e motor turbodiesel MWM, já que o V6 4,3 se tornava desinteressante pelo alto consumo. A versão básica tinha o acabamento melhorado e o Blazer DLX turbodiesel passava a oferecer revestimento dos bancos em couro e ajuste elétrico, como no Executive. Este recebia vidros laterais traseiros escurecidos e injeção multiponto seqüencial no V6, que chegava a 192 cv.

Um ano depois, chegavam rodas de alumínio de 16 pol com pneus 235/70-16 nas versões Deluxe/DLX (opcionais no S10 básico), grade na cor grafite e luzes de direção incolores. Por dentro, maçanetas cromadas, relógio digital e, no S10 cabine-dupla, banco traseiro mais confortável. Uma nova geometria da suspensão dianteira (câmber, cáster e convergência) buscava maior estabilidade direcional.

As últimas alterações: rodas de 16 pol, suspensão redimensionada e, para 2004, a eliminação definitiva do motor V6 4,3

Finalmente, os modelos 2004 introduziam a oferta dos acabamentos DLX e Executive como pacotes de opcionais, podendo ser combinados aos motores 2,4 a gasolina ou 2,8 a diesel — mas não ao V6, descontinuado também do Blazer. Não havia mais novidades técnicas ou de estilo.

S10 e Blazer permanecem líderes de vendas em seus segmentos (não se incluindo utilitários compactos como o EcoSport), mas estão claramente envelhecidos. Serão substituídos pelos modernos TrailBlazer e Colorado? Diante da baixa demanda por esses veículos, boa parte dela garantida por órgãos governamentais como as polícias, não parece muito provável. Mas passarão à história como os introdutores, na produção brasileira, de um porte de utilitários que fez e faz muitos adeptos.
Continua

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