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Mais fluida, a carroceria escondia todo o chassi e estava cinco centímetros mais baixa. A traseira recebia o estilo rabo-de-castor, e os pára-choques, forma de biplano. A idéia era isolar o calor do motor e diminuir o nível de ruído. Os pára-brisas das carrocerias Fisher tinham 18° de inclinação; nas Fleetwood já iam de 25° a 29°30'. Por dentro, o câmbio ficava mais à frente e o freio de estacionamento à esquerda do motorista, abaixo do painel, criava mais espaço.

Já o novo desenho em “X” do chassi e a disposição de seus componentes melhoravam a dirigibilidade, deixando o carro mais leve, baixo e estável. A suspensão traseira era um tradicional eixo rígido, mas a dianteira independente tinha dois braços superpostos, com mola helicoidal e sem raio de arrasto. O motor vinha com pistões de alumínio, maior taxa de compressão e refrigeração revisada. O encaixe para a manivela era eliminado, na geração que duraria até 1937. Um novo pára-choque chegava em 1935, na então chamada Série 90; um teto de aço e um dínamo de maior capacidade, em 1936.

Naquele ano, a série 60 V8 com estrutura monobloco tornava-se o Cadillac mais barato feito pela empresa desde 1908, ainda que atraente, sofisticado e com tecnologia de ponta. Agradou tanto que as vendas cresceram impressionantes 254%, sendo mais da metade do novo modelo. O V16 já não era o maior chamariz nas concessionárias. Em 1937 recebia freios com comando hidráulico e servo, estabilizador na suspensão dianteira e sistema de arrefecimento pressurizado.

Grandes mudanças Em 1938 a série 90 V16 ganhava sua evolução mais significativa: uma nova geração do motor. O V12 já não existia e o V8 era a sensação da linha. Enquanto isso, a série 60 Special roubava a cena, com vários detalhes de estilo que seriam copiados por toda a GM. Era uma obra que o projetista Bill Mitchell começara menos de dois anos antes, aos 23 anos de idade — mais tarde ele substituiria Harley Earl na chefia do departamento e criaria o Buick Riviera 1963. Com isso, o novo propulsor topo-de-linha perdia parte do destaque merecido. Continua

Para ler

Cadillac: A Century of Excellence, de Rob Leicester Wagner, editora Metro Books, em inglês, 160 páginas. Livro ricamente ilustrado contando a história da marca ao longo de seus 100 anos de existência.

Cadillac Parts Locating Guide, de David Gimbal, editora The Garden of Speedin', em inglês, 147 páginas. Após anos de pesquisa, o livro compila uma vasta referência de prestadores de serviços e onde encontrar peças para a manutenção e reforma de modelos antigos da marca.

Standard Catalog of Cadillac, 1903-2000, de James T. Lenzke, editora Krause Publications, em inglês, 304 páginas. São 98 anos de Cadillac (até 2000) em mais de 600 fotos,

com especificações técnicas e dados originais da fábrica. Fornece os valores atuais de Cadillacs em até seis níveis da conservação para todos os modelos até 1993. É colorido apenas numa seção de 16 das páginas.

The Hemmings Motor News Book of Cadillacs, de Terry Ehrich e Richard A. Lentinello, editora Hemmings Motor News, em inglês, 120 páginas. Cada modelo apresentado é analisado, comparado e tem suas especificações. Inclui os carros dos anos 1930.

Classic Cadillac (Auto Focus), de Jim Dietzler e James A. Dietzler, editora Friedman/Fairfax Publishing, em inglês, 96 páginas. Esse é um livro perfeito para a mesa da sala de estar. Com muita foto e pouco texto, mostra os típicos Cadillacs dos anos 1950, mas também inclui antepassados de 20 e 30 anos antes.