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No ano seguinte ambos apresentaram maquetes, concebidas em gesso, bem próximas entre si. A do estúdio de Garennes tinha a frente com os faróis trapezoidais, grade mais baixa e uma aparência mais incorporada ao estilo dos carros já existentes da firma de Sochaux. Em 1979 as duas empresas trataram de refinar suas idéias somente em detalhes, pois os modelos eram quase idênticos. Foram apresentados na pista de testes da Talbot, em Mortefontaine.

Para que não houvesse tendência na escolha dos modelos, foram pintados de amarelo para ser julgados pelo "estado maior" da companhia. O veredicto foi dado: quem ganhou foram os estilistas da casa. Quem comandava os desenhos externos do carro na França era Gerard Welter, enquanto o interior do novo automóvel ficava por conta de Paul Bracq. Em janeiro de 1983 o Peugeot 205 era apresentado pelo grupo PSA (Peugeot Société Anonyme) à rede de concessionárias, no Principado de Mônaco, e no mês seguinte era lançado com muita propaganda para toda a Europa. Era anunciado como un sacré numero, ou seja, um número sagrado.

O 205 tinha a identidade da marca do leão, com seus faróis e grade característicos de toda a linha. O pequeno carro exibia formas modernas e era muito bonito. Tinha 3,71 metros de comprimento e, de acordo com que foi determinado, oferecia espaço interno privilegiado e área envidraçada ampla. Era um cinco-portas, mas logo seria oferecida a versão de três. A grade era pintada na mesma cor da carroceria e no centro desta vinha o logotipo da marca, o famoso leão. Os pára-choques eram pretos, em poliuretano.

No interior, atrás do volante de dois raios, o painel em formato de trapézio invertido abrigava velocímetro, relógio, termômetro e marcador de combustível. Além do porta-luvas, trazia debaixo do volante um útil porta-objetos. O compartimento de bagagem não era grande, mas o banco traseiro rebatível aumentava muito a capacidade de carga. Mesmo assim, adequado para as famílias européias. A gama de acabamentos já era ampla: GE, GL, GR, SR e GT, em ordem ascendente de preço. Continua

Para ler

A história de um desafio (L'histoire d'un défi) - por Jean Todt, editora Flammarion, em francês. O célebre autor faz parceria com Jean-Louis Moncet. Lançado em 1985, tem 127 páginas com várias fotos inéditas e capa dura.

Grupo B, os carros proibidos (Groupe B, les voitures interdites) - por Michel Morelli, editora ETAI, em francês. Lançado no mês passado, traz na capa o 205. São 160 páginas onde o autor conta a história do sucesso da categoria, lançada em 1982 e que terminou em 1986. Além do 205, conta as façanhas dos outros modelos que competiram com detalhes inéditos. Tem 350 fotos em preto e branco e em cores.

A grande aventura do 205 (La grande aventure de la 205) - por Gilles Guérithault, editora Larousse, em francês. Publicado em 1987, tem 236 páginas. Naturalmente, nessa época ainda não podia contar boa parte da história do carrinho francês, que durou mais 11 anos.

O guia do 205 GTI, Rallye, T16 (Le guide de la 205 GTI, Rallye, T16) - por Guillaume Maguet, editora ETAI, em francês. Conta toda a história, evolução, identificação, dicas de manutenção e testes de um dos mais famosos produtos da marca do leão. Publicado em 2004, tem capa dura e 176 páginas.

Não faltam guias de todos os 205 para auxiliar na manutenção.

A perua

No Salão de Turim de 1984, o estúdio Pininfarina expôs uma bela perua de cinco portas baseada no 205, que recebeu o nome de Verve. A traseira contava com ótima visibilidade e acompanhava o estilo do automóvel. As rodas de alumínio eram bonitas, as lanternas traseiras tinham novo desenho, os pára-choques eram da mesma cor da carroceria e no final da capota havia um discreto defletor. Infelizmente não foi para a linha de produção.