Não existiu um 300I, talvez para evitar que a letra fosse confundida
com o número 1. Do 300H a Chrysler passou ao 300J, em 1963, cuja linha
era simplificada: não mais existiam o conversível e o motor de 405 cv
— apenas o 413 normal, com 390 cv. O estilo, todo refeito, estava dos
mais sóbrios, com linhas retas e faróis em linha horizontal. A
suspensão era suavizada, as palhetas do limpador de pára-brisa
contavam com defletores, para maior pressão no vidro em velocidade, e
o volante adotava um formato anguloso que não teve muitos
apreciadores. Como o carro todo, aliás: só 400 chegaram às ruas, uma
vergonha para uma linha que tivera dias bem melhores.
O fabricante precisava reagir para erguer o apelo da "série letra" no
mercado, e isso foi feito para 1964 com o 300K. O conversível estava
de volta, assim como um motor 413 básico, de 360 cv — o de 390
aparecia como opção. Com uma ligeira simplificação no acabamento, em
que o revestimento em couro tornava-se item à parte, foi possível
reduzir em 23% o preço do cupê, argumento muito convincente para um
carro que mantinha o desempenho, apesar do desenho discreto. O público
respondeu como esperado, tirando das lojas 3.647 unidades. Houve
também a série limitada Silver 300, um cupê com pintura em prata e
banco reclinável para o passageiro. O Sport 300, enquanto isso,
oferecia versões sedã, cupê e conversível, todas de seis lugares, e
motores de 305 e 360 cv.
Continua
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