Parte de um amplo projeto de carros mundiais, o J, o terceiro Ascona é um velho conhecido no Brasil, onde foi vendido como Monza

A Opel participou do novo projeto, o chamado carro J, com a terceira geração (C) do Ascona, lançada no Salão de Frankfurt em setembro de 1981. Nos Estados Unidos ele resultaria em vários modelos da corporação, com estilos bem diferentes do alemão: Chevrolet Cavalier, Pontiac J2000 (depois Sunbird), Oldsmobile Firenza, Buick Skyhawk, Cadillac Cimarron. Os australianos teriam o Holden Camira; os ingleses, o segundo Vauxhall Cavalier (leia adiante); os japoneses, o Isuzu Aska e o Toyota Cavalier. E no Brasil, como se sabe, ele seria o Chevrolet Monza a partir de 1982.

Segundo automóvel da marca germânica com motor transversal e tração dianteira (o primeiro foi o Kadett D, de 1979), o novo Ascona introduzia o formato hatchback em uma versão de cinco portas, que se unia aos sedãs de duas e quatro portas — o hatch de três foi criado só para o Brasil. Apenas no Reino Unido e na Austrália havia uma perua. Em toda a linha o desenho era moderno e atraente, com frente em cunha, capô que avançava sobre a grade, laterais "limpas" com um único vinco, pára-choques envolventes de material plástico. O coeficiente aerodinâmico (Cx) era bastante bom: 0,38 no hatch, 0,39 no três-volumes. E o espaço de bagagem chegava a ótimos 510 litros no sedã.

O esportivo SR era oferecido tanto no sedã quatro-portas quanto no hatch de cinco, carroceria que não existiu por aqui, e trazia teto solar e injeção eletrônica já em 1982

Por dentro, o painel côncavo parecia envolver o motorista e o espaço era bem maior que no anterior, graças à nova configuração mecânica, apesar do aumento discreto nas dimensões externas (5 cm em comprimento e entreeixos, mesmas largura e altura). Além das versões básica, Luxus e Berlina (esta a mais luxuosa), havia a esportiva SR, com bancos envolventes, volante de três raios, rodas de alumínio de 14 pol com pneus 195/60, teto solar e acabamento inferior da carroceria em preto. E que era disponível também como sedã quatro-portas, um pacote interessante. Continua

Na Austrália
Apesar das dimensões continentais do país, que levam à preferência por automóveis amplos como os dos americanos, a subsidiária australiana da GM — a Holden — produziu nas últimas décadas vários modelos da Opel. De 1982 a 1989, o Ascona de terceira geração foi vendido lá como Camira. Praticamente igual ao alemão na seção central da carroceria, o carro feito na região do Pacífico recebia uma frente própria. De início usava o motor 1,6 de 86 cv a carburador, seguido em 1984 pelos 1,8 carburado e a injeção, com até 115 cv.

Três anos depois vinha o 2,0 de mesma potência, sempre com opção entre câmbio manual e automático. À medida em que o reestilizava, a Holden seguia caminhos mais distantes do Ascona, como ao adotar uma frente arredondada e sem grade. Uma particularidade do Camira foi oferecer, por todo esse período, uma versão perua de cinco portas (foto), usada como base pela Vauxhall para a sua. Seu sucessor não foi um similar do primeiro Vectra (como ocorreu na Nova Zelândia), mas sim uma versão local do Toyota Camry com o nome Apollo.

Em escala

O Ascona de primeira geração foi reproduzido em 1:43 pela Schuco. Além da versão de rua com quatro portas, nas cores azul e ocre, há o modelo amarelo de rali (acima) e um branco, com portas e tampas em verde, de polícia. O nível de detalhes e acabamento é adequado.

A versão 400 de rali de 1981, da segunda geração, é feita pela Vitesse com boa fidelidade nos detalhes, como os adesivos de patrocínio, apesar da escala 1:43 (acima). Infelizmente a terceira geração, que nos interessa mais, não tem miniaturas em produção. Mas a Arpra fazia no Brasil o Monza de duas portas, com pouco detalhamento.

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