O DB5 tornou-se conhecido nos quatro cantos do mundo graças ao
agente secreto 007, James Bond, do escritor Ian Fleming. Assim
como a vodka Martini batida e a pistola Walther PPK, o automóvel
foi considerado como um símbolo do agente inglês. Aliava toda a
sofisticação aos acessórios que 007 não dispensava nas aventuras
para defender o mundo.

O DB5 prateado estreou em
James Bond contra Goldfinger (Goldfinger), de 1964. Era
equipado com vidros à prova de balas, duas metralhadoras calibre
30, jatos de óleo e água que esguichavam da traseira, assento
esquerdo ejetável e várias placas rotativas, legalizadas para
rodar na Inglaterra, Suíça e França. Havia ainda uma chapa à prova
de balas que saía verticalmente do porta-malas (foto), protegendo
contra ataques, entre outros acessórios pouco ortodoxos. O assento
ejetável foi bem útil: mandou para os ares um malfeitor oriental.
Era acionado por um botão dentro do pomo da alavanca de câmbio. Um
clic e... tchau! |
Quem equipava, preparava e testava todos os acessórios bizarros
era um senhor conhecido apenas como Q. Sempre apelando para que
Bond não destrua seu automóvel. Em vão... O modelo hoje está no
Museu Henry Ford, nos EUA.
O DB5 voltou em Thunderball, de 1965, pilotado outra vez
por Sean Connery, que estava ao lado da bela Claudine Auger. Em
007 a serviço de sua majestade (On her majesty's secret service),
de 1969, está nas mãos de George Lazenby, que — para a felicidade
dos fãs da série — só participou uma vez. O carro também brilha
em 007 contra GoldenEye (Goldeneye), de 1995, outra vez com
Pierce Brosnan. Estrelam também Judi Dench, que faz o papel de M,
sua parceira no campo das estratégias e inteligência. O DB5 prata
tem um pega com um Ferrari F355 GTS.
Nas mãos de Pierce Brosnan retornou em O amanhã nunca morre (Tomorrow
never dies), de 1997. É visto logo no início, em frente à
Universidade de Oxford, e depois indo para o quartel-general para
a reunião do alto comando da contra-espionagem britânica. O
equipamento bélico de primeira qualidade estava lá. Além das
metralhadoras escondidas sob as luzes de direção, trazia uma broca
que saía do cubo de roda, para perfurar a carroceria de prováveis
oponentes ao lado. Rasgou alguns. Sob o banco do passageiro ainda
tinha duas poderosas Smith & Wesson e uma pistola automática de
bom calibre. Bem preparado para enfrentar os malfeitores.
Na comédia policial Prenda-me se for capaz (Catch me if you
can), de 2003, com Leonardo Di Caprio, Tom Hanks, Christopher
Walken e Martin Sheen, o Aston fez uma ponta. Um DB5 de 1964 faz
parte em algumas cenas de rua no filme, em uma paródia aos filmes
de 007. |