No interior, o porta-luvas vinha no centro do painel, para fácil acesso pelo motorista. O motor permanecia, agora com 100 cv. Essa renovação, na verdade, por pouco não teria chegado ao mercado. O governo americano havia determinado restrições às mudanças de estilo anuais dos automóveis, de modo a preservar recursos para os esforços da Guerra da Coréia. Com a suspensão dessa norma, no último momento a Plymouth pôde colocá-lo nas ruas.

As versões cupê e conversível tinham estilo atraente, mas o câmbio semi-automático Hy-Drive não agradou: era apenas um paliativo até que chegasse o verdadeiro automático

Em abril do mesmo ano chegava o câmbio semi-automático Hy-Drive, uma caixa manual de três marchas acoplada a um conversor de torque. Havia pedal de embreagem, mas ele só precisava ser usado para o engate da primeira e da ré. Com o carro em movimento, as marchas eram trocadas sem uso do pedal ou mesmo a necessidade de cortar a aceleração. Embora anunciado como um automático que permitia mudanças manuais, não passava de um paliativo até que a empresa tivesse uma caixa automática de verdade — como já usavam a GM, com sua Powerglide desde 1950, e a Ford com a Ford-o-Matic, um ano depois.

Se a linha 1953 foi um sucesso, com crescimento de 40% em vendas, a Plymouth não ganhou mercado na mesma proporção. Um motivo era a eliminação de seus modelos médios, com entreeixos de 2,81 m, e a redução dos grandes de 3,01 para 2,89 m, medida que se tornava a única opção. O sedã hardtop e o cupê de três janelas por lado também desapareciam. Os concorrentes da Chevrolet e da Ford tinham comprimento 15 e 20 centímetros maior, na ordem, o que dava a sensação de mais carro pelo mesmo dinheiro.

O sedã de quatro portas também fazia parte da linha 1954, assim como uma perua: era o primeiro ano em que o Belvedere representava um modelo, não mais uma versão

A independência   Em 1954 o Belverede emancipava-se, passando a representar a linha de maior requinte da Plymouth no lugar da Cranbrook. Continuava avantajado, com 5,18 metros, e oferecia opções de perua de três portas, sedã de quatro portas, conversível e, claro, o cupê hardtop, renomeado Sport Coupe. As mudanças estéticas eram restritas a detalhes, mas no meio do ano-modelo surgia um motor de seis cilindros bem maior, de 230 pol³ (3,8 litros), antes usado pela divisão Dodge. Ainda não era o esperado V8, mas já melhorava o desempenho. Continua

Em escala

Quem exige alta qualidade em miniaturas pode ter um Belvedere pela Motormint. Uma das marcas mais renomadas do setor, ela oferece a versão Sport Coupe de 1956 na escala 1:32, em vermelho e preto.

Outra marca de modelos esmerados, a Franklin Mint, dispõe do Belvedere conversível 1958 em escala 1:24. O modelo vermelho com interior branco é rico em detalhes, inclusive internos e de mecânica.

Este Sport Coupe, também de 1958 — já dentro do chamado Forward Look da Chrysler —, é oferecido em 1:18 pela ERTL, com pormenores como os fios do motor e bancos rebatíveis.

Há opção entre as cores azul-turquesa, verde-claro, azul escuro, dourado, vermelho e preto — as duas últimas com o teto em branco.

O cupê de 1967, com motor Hemi 426, vem em tons bronze, branco e vermelho na miniatura da Highway 61, em 1:18 e com bom padrão de detalhamento (fotos acima). O branco pode vir ainda com adesivos de competição.

Outra opção do mesmo ano e em escala idêntica é o Belvedere cupê vermelho da Fairfield Mint, mais uma fábrica de modelos de alta qualidade. As mais de 180 peças mostram com precisão o motor V8 de 7,0 litros e o interior, onde até o porta-luvas se abre.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade