Para 1958 eram adicionados os V8 de 318 pol³ (5,2 litros, o mesmo que equiparia os Dodges brasileiros), também com carburador duplo (225 cv) ou quádruplo (250 cv), e de 350 pol³ (5,75 litros), que gerava 305 cv com dois carburadores quádruplos e 315 cv com a inovadora injeção eletrônica de combustível Bendix Electrojector. Esta, no entanto, mostrou-se pouco confiável e foi trocada por carburadores por muitos proprietários. Com a ascensão do Fury a opção de topo da divisão, em 1959, o Belvedere era reposicionado para um segmento abaixo, de preço intermediário, condição que manteria por cinco anos.

Depois da reformulação visual, novos motores em 1958: o V8 318 e o 350, com opção por injeção

Estava menos prestigiado, mas ainda muito potente, com os motores V8 318 e o inédito V8 361 (5,9 litros) com dois carburadores quádruplos e 305 cv. A problemática injeção era abandonada. No cupê, um detalhe de conveniência: os bancos dianteiros giravam para fora quando as portas eram abertas, para facilitar o acesso e a saída. Na linha 1960 chegava uma nova carroceria com linhas mais planas e estrutura monobloco, que o fabricante anunciava ser 100% mais rígida que a anterior. Motor e suspensão dianteira ficavam sobre um subchassi, o que facilitava a remoção dos pára-lamas da frente em caso de reparos sem afetar a estrutura.

Os quatro faróis estavam mais embaixo, sob "pestanas" que seguiam como frisos por toda a extensão das laterais. As baixas aletas traseiras, segundo a Plymouth, eram estabilizadores que deixavam o centro de pressão aerodinâmica do carro mais recuado e — garantia a propaganda — reduziam em 20% a necessidade de correções de direção ao rodar sob ventos laterais. No cupê hardtop o vidro traseiro avançava sobre o teto e, como opcional, o Sport Deck criava um falso alojamento de estepe na tampa do porta-malas.

O novo estilo em 1960 tinha uma grade estranha e aletas baixas nos pára-lamas, que segundo a fábrica funcionavam como estabilizadores

O painel tinha o velocímetro em longa escala horizontal e, como opção, o volante assumia um formato quase retangular, com topo e base achatados. Ao lado dos conhecidos motores de seis cilindros (145 cv), V8 318 (230 cv) e V8 361 (305 cv) estava um V8 de 383 pol³ (6,3 litros) com carburador quádruplo, 325 cv e torque de 60 m.kgf. Forte, mas de vida curta: um ano depois já dava lugar a uma opção de alto rendimento do 361, com dois carburadores quádruplos, 330 cv e 63 m.kgf. Continua

Nas pistas
O Belvedere foi mais um modelo a brilhar nas provas da Nascar, a mais popular categoria americana de automobilismo. Na 500 Milhas de Daytona de 1964, os Plymouths com motor Hemi 426 conseguiram 1º, 2º e 3º lugares, com o lendário Richard Petty, Jimmy Pardue e Paul Goldsmith, nesta ordem. A euforia foi tanta que a Chrysler mandou fazer itens promocionais com a inscrição Total What? ("Total o quê?"), uma alfinetada à Ford, que naquele ano divulgava o mote Total Performance... Depois de um intervalo em 1965, quando a Chrysler não competiu, Petty voltava a vencer em Daytona no ano seguinte com o Belvedere, agora com o motor Hemi reduzido para 405 pol³ (6,65 litros).

Naquele ano o piloto venceu outras sete provas e registrou 19 pole positions, mas não foi campeão: ficou em 3º lugar. O campeonato viria em 1967, com 27 vitórias, incluindo 10 consecutivas.

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