A sobriedade tomava conta do desenho do Belvedere para 1963, com formas retas e alongadas e uma grade tradicional. Nada mais havia do arrojo dos anos anteriores. Sob o capô, as grandes cilindradas estavam de volta com toda a força: chegavam três versões com o lendário motor Hemi V8 de 426 pol³ (7,0 litros), dotado de câmaras de combustão hemisféricas. As potências eram de 365, 400 e 415 cv, esta com dois carburadores quádruplos, e nenhum oferecia menos de 63 m.kgf. Os menos exigentes com o pé direito podiam optar pelo seis-cilindros, o 318 e duas versões do 361 cv, com 145 a 330 cv.

Depois de se tornar um carro médio e de linhas sóbrias, em 1965, o Belvedere ganhava desempenho: o modelo 1967 recebia o motor Hemi de 7,0 litros e 425 cv

Na linha 1965 chegava um novo Belvedere, de tamanho médio, no qual se baseariam outros modelos conhecidos: o luxuoso Satellite e os "musculosos" Road Runner e GTX, este de preço superior. O estilo ficava ainda mais comportado, com apenas dois faróis, acompanhados pelos auxiliares nas versões mais esportivas. Foi em 1967 que ele atingiu seu auge em potência, com o Hemi 426 em versão de 425 cv e 67,6 m.kgf. Nada menos que sete outras opções constavam do catálogo, incluindo o novo V8 273 (4,5 litros, 180 cv) e o V8 383 com escolha entre 270 e 325 cv.

O GTX representava a entrada da marca no segmento de "carros musculosos", com versões cupê hardtop e conversível e alguns itens especiais — grade, tomada de ar no capô, opção de faixas longitudinais. O interior usava bancos individuais, freios dianteiros a disco estavam disponíveis e, na suspensão, usavam-se amortecedores, barras de torção dianteiras e feixes de molas traseiros mais firmes. Sob o capô, podia-se escolher entre o V8 Super Commando 440, de 7,2 litros e 375 cv, e o Hemi 426 de 425 cv, com câmbio manual ou automático.

No fim da carreira, em 1970, seu desenho era esportivo, mas a Plymouth não mais oferecia motores maiores que o V8 de 5,9 litros

Uma versão de acabamento despojado, para alívio de peso, era oferecida a clientes especiais. A Super Stock perdia calotas, rádio, aquecimento, carpete e isolamento de ruídos, mas ganhava um tempero especial no motor Hemi, embora a potência declarada fosse a mesma. Com a chegada do Road Runner, o GTX para 1968 tornava-se mais luxuoso e ganhava alterações na grade, capô e lanternas traseiras. Enquanto isso, o V8 361 voltava a ser o maior motor disponível no Belvedere, um sinal de que o modelo perdia prestígio na marca.

Com linhas atraentes, que lembram as do Dodge Charger da época, essa geração do Belvedere foi produzida até 1970, quando a Plymouth abandonou o nome e adotou Satellite em toda a linha de médio porte.

Ficha técnica
_ Belvedere V8 350 (1958) Belvedere V8 383 (1963)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 103,2 x 85,7 mm 107,9 x 85,7 mm
Cilindrada 5.735 cm3 6.277 cm3
Taxa de compressão 10:1 9:1
Potência máxima bruta 315 cv a 5.000 rpm 325 cv a 4.600 rpm
Torque máximo bruto 54,5 m.kgf a 3.000 rpm 60,2 m.kgf a 2.800 rpm
Alimentação injeção eletrônica carburador de corpo quádruplo
CÂMBIO
Marchas e tração automático, 3, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus ND 7,00-14
DIMENSÕES
Comprimento ND 5,27 m
Entreeixos ND 2,94 m
Peso 1.700 kg*
DESEMPENHO
Velocidade máxima 200 km/h*
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,0 s*
* Dados aproximados

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