Best Cars Web Site Páginas da História

Cadê
o coiote?


Simples mas muito potente, o Plymouth Road Runner foi um muscle-car de sucesso

Texto: Francis Castaings
Fotos: divulgação

A marca Plymouth, que pertencia à Chrysler, lançou seu primeiro automóvel em 1928. Como quase todas as indústrias automobilísticas americanas na época, tinha sede em Detroit, no estado de Michigan, no norte do país. O pioneiro, um modelo de quatro cilindros em linha e 45 cv, fez sucesso e incomodou modelos das grandes Ford e Chevrolet.

A Plymouth sedimentou-se como a divisão de automóveis mais simples da corporação, de menores custos, para atingir classes mais baixas do público. Na década de 50 já tinha modelos famosos como o Fury e o Belvedere. No começo dos anos 60, o modelo Valiant, derivado do Lancer da Dodge, também se destacava por ser mais simples e mais barato que este. Era um carro compacto para os padrões americanos.

Com a escalada dos muscle-cars nos EUA (leia história) na década de 60, a Plymouth, interessada em um segmento que crescia muito, tinha planos de adaptar um modelo seu que preenchesse os requisitos. Foi assim que, em 1968, baseado na carroceria dos irmãos Belvedere e Satellite, nasceu o cupê esportivo RoadRunner. O nome teve inspiração na série de desenhos animados em que o pássaro Bip-bip, o papa-léguas, era perseguido pelo coiote. 

Na publicidade do RoadRunner 1968, a alusão ao papa-léguas ("Nosso novo
e aprimorado Beep-Beep") e à versão de competição da Nascar ("O Elo Perdido")

De aparência agressiva, o carrão media 5,15 metros e pesava 1.600 kg. Tinha porte. Na frente, quatro faróis e grade cromada com pequenos retângulos com fundo preto. Sobre o capô, duas entradas de ar laterais para ajudar a refrigerar o motorzão e mostrar imponência. A decoração do capô podia ter estas entradas pintadas de preto fosco, ou só a metade de cada lado ou todo ele.

Era um cupê sem coluna central, sendo que a traseira tinha uma caída suave -- um carro bonito, de estilo clássico e que fazia presença. As rodas de cinco raios, que por aqui equiparam o Dodge Charger, e os poucos frisos cromados na carroceria completavam a esportividade. Pouco depois era lançado o modelo hard-top.

Debaixo do capô estava um 383 Magnum, de oito cilindros em V e 6.286 cm3, com taxa de compressão de 10:1 e 335 cv de potência bruta a 5.000 rpm. A alimentação era feita por um carburador de corpo quádruplo da famosa marca Carter. Despejando a cavalaria nas rodas traseiras, chegava aos 100 km/h em apenas 7,5 segundos e a velocidade final era de 190 km/h. Números generosos e consumo idem. E este era o motor básico. Continua

Carros do Passado - Página principal - e-mail

Data de publicação: 25/3/03

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados