Em 1996 chegava o Corvette Gran Sport, equipado com uma evolução do LT1 chamada de LT4. Esse motor mostrava vários detalhes que seriam adotados no posterior LS1, em uma prova de que o que foi aprendido em seu desenvolvimento foi aproveitado sobremaneira. Um desses detalhes era o acionamento de válvulas por balancins roletados, um abandono do genial, mas a essa altura antigo, balancim estampado do motor de 1955. Apesar de funcionar bem nos posteriores GEN III, no LT4 o recurso foi fonte de problemas, só sanados em definitivo depois de duas convocações para troca de peças. |
O motor LT4, evolução do LT1, foi usado na versão especial Corvette Gran Sport e no Camaro SS, além de oferecido no Corvette normal como opção |
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Além dos malfadados balancins, o LT4 tinha como diferença em relação
ao LT1 a maior taxa de compressão (10,8:1), um virabrequim reforçado
(parecido, de novo, com o posterior LS1), diferentes coletores de
admissão, cabeçote com válvulas maiores e dutos revisados e um comando
mais bravo, o que elevava a rotação máxima para 6.300 rpm. Entregava
330 cv a 5.800 rpm, com o torque inalterado em relação ao LT1. Além do
Gran Sport, o Corvette básico podia receber o LT4 como opcional. E
houve mais 100 Camaros SS em 1997 equipados com o último GEN II. |
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Para um novo Corvette, um novo small-block: o C5 de 1997 ganhava um V8 de 345 pol3 e bloco de alumínio, a terceira geração |
Uma
tela de computador em branco foi pré-requisito para não se prender a
velhas restrições do projeto dos anos 50, mas tudo o que se aprendeu em
mais de quatro décadas foi aplicado. O motor mantinha a distância entre
centros de cilindro (111,8 mm), o comando no vale do "V" e as válvulas
acionadas por varetas. De resto, foi a realização de tudo o que os
engenheiros desejavam mudar no motor durante anos e nunca puderam. Os
tuchos e varetas eram paralelos, para maior estabilidade e durabilidade;
o ângulo entre as válvulas e seu cilindro reduziu-se de 23 para 15
graus; o cabeçote tinha desenho idêntico em todos os cilindros (dutos de
admissão e escapamento, válvulas, desenho da câmara etc); os injetores
eram apontados para a parte traseira da válvula de admissão. O LS1
acabava também com um anacronismo de todos os small-block até
ali: o distribuidor. |
O LS1 visto por dentro: menor e mais leve que o LT4, serviu de base para o LS6 da versão Z06 do Corvette, com surpreendentes 405 cv |
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No
final de 2000 aparecia o fantástico Corvette Z06, uma versão mais leve e
de alto desempenho, preparada para o entusiasta mais exigente. Nesse
carro, o V8 GEN III recebia um comando de válvulas de perfil mais bravo
(para subir a rotação máxima de 6.000 para 6.500 rpm), taxa maior,
escapamento especial com silenciadores de titânio e um sem-fim de
pequenas melhorias, para fornecer 385 cv a 6.000 rpm e 53 m.kgf a 4.800
rpm, mantendo o deslocamento e o peso. Foi batizado de LS6. Os
americanos alcançavam a potência do ZR1 dos anos 90 com um só comando no
bloco, por talvez a metade do preço e em um propulsor menor e mais leve.
E, tal qual o LT5 "Lotus", no ano seguinte o LS6 já debitava incríveis
405 cv, fruto de comando ainda mais bravo, válvulas mais leves
refrigeradas a sódio e menores restrições de admissão e escapamento
(novos catalisadores, filtro de ar e sensor de massa de ar de admissão). |
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