De frente ele lembrava uma versão miniaturizada do Ford Maverick. O leque de opções ainda contaria com versões de duas portas e perua de cinco portas. Entre as atrações do projeto estavam o volante com ajuste de posição e a coluna de direção deformável em caso de acidente. O catálogo de motores disponíveis ia de 1.238 cm³ (73 cv) a 1.597 cm³ (100 cv) na versão 1600 GSR, passando pelo de 1.439 cm³ (85 cv) e o de 1.597 cm³ (92 cv).

Enquanto o nome Colt era mantido em um furgão, o Coach, o Lancer ganhava opções como este Celeste, um três-portas com motores de 1,4 e 1,6 litro

Mas o nome Colt não desaparecia. O furgão Delica foi rebatizado de Colt Coach naquele ano, acrescentando uma inusitada interpretação moderna da VW Kombi à longa e complexa história do modelo. Os faróis do furgão também eram circulares e as portas traseiras corrediças. Em 1975, o atraente hatchback Lancer Celeste enriquecia a linha, nas versões de 1,4 e 1,6 litro. No ano seguinte, faróis duplos eram usados junto a um único elemento negro que englobava a grade no furgão Colt, cujo nome agora era complementado pela sigla T 120.

Nada de mais relevante ocorreria na linha Lancer, mas as vitórias do 1600 GSR em ralis pelo mundo afora eram memoráveis, servindo como a melhor vitrine da competência do projeto. Em 1978 um novo nome se destacava na linha Mitsubishi: era o Mirage, um compacto hatchback de estilo moderno e anguloso, três ou cinco portas, faróis quadrados afundados nas molduras e traseira com caimento semelhante ao do Renault 5, embora com lanternas distintas. Nos mercados estrangeiros, o Mirage trazia um nome bem familiar à marca: Colt.

Em 1978 aparecia o Mirage, um pequeno hatch com tração dianteira e motor transversal, muito econômico, que nos mercados de exportação se chamava... Colt

O motor e a tração do Mirage/Colt eram dianteiros, para melhor aproveitamento de espaço interno. Cuidados aerodinâmicos já se percebiam no desenho, com o objetivo de aprimorar a economia de combustível. O modelo podia vir em versões de 1,2 (55 cv) e 1,4 litro (70 cv) e a opção de câmbio automático de três marchas. Logo ele chegaria aos Estados Unidos — como Mirage e seus "primos" Dodge Colt e Plymouth Champ —, onde alcançaria as melhores marcas de consumo de combustível da EPA, a agência de proteção ambiental daquele país. Continua

Na Malásia
Até uma encarnação na Malásia os Mitsubishis Colt e Lancer tiveram. Trata-se do Proton Saga, modelo de dois volumes e meio com motor 1,3 de 83 cv, baseado no Lancer e lançado em setembro de 1985 como o primeiro produto desse fabricante malaio — e de toda a indústria automobilística local. O modelo Wira, lançado em 1993, também tinha o Colt/Lancer como base, mas já na geração de "olhos puxados" de 1991. O Saga passava a se chamar Iswara.

Outros nomes para versões do Colt/Lancer adotados pela marca — em estratégia tão confusa quanto a da Chrysler ou mais — seriam Persona, Tiara, 200, 400, Satria, Putra e Pert, este último um clone do Lancer Evolution.

Um curioso picape, o Arena (abaixo), foi feito com base no projeto da Mitsubishi, que nunca dispôs dessa carroceria. Há versão com tampa de caçamba que o deixa parecido a um hatchback esportivo. No fim dos anos 90, um Satria conversível quase fez as vezes de um Colt sem capota malaio, mas não chegou a ser produzido.

O Wira foi recentemente substituído pelo Gen 2, o primeiro carro 100% desenvolvido pela Proton. Entre outros mercados, hoje a empresa vende seus carros na Ásia, Austrália e Reino Unido, onde adquiriu nada menos que a lendária fábrica de esportivos Lotus. Outras aquisições foram o fabricante de motos MV Agusta, que produz os modelos dessa marca, da Husqvarna e da Cagiva. A Proton começou produzindo carros de outras marcas sob licença e atualmente vive a transição para seus próprios projetos... como já ocorreu com a Mitsubishi.

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