A linha Mirage/Colt era ampliada com um motor 1,6 de 82 cv em 1979. No mesmo ano a Mitsubishi introduzia a nova geração do Lancer. Com linhas angulosas, a versão EX, de 1,4 ou 1,6 litro, trazia um desenho bastante moderno. O espaço interno e o do porta-malas cresciam e a suspensão assegurava um rodar mais suave e silencioso. Para 1980 o fabricante japonês acrescentava um motor 1,8 de 94 cv, e em 1981, um 1,2 de 66 cv.

Formas angulosas, mas elegantes, chegavam no Lancer de segunda geração, em 1979; um motor de 1,8 litro e 94 cv seria acrescentado um ano depois

A diversidade de motorizações fazia do Lancer um modelo de catálogo cada vez mais completo. Mas o Mirage/Colt não ficava de fora: uma opção 1,4 turbo chegava para o hatch em 1982, com respeitáveis 105 cv e 15,5 m.kgf de torque máximo. Nesse ano era lançada a versão sedã quatro-portas do modelo e o Lancer Fiore. Eram o mesmo carro, diferentes apenas por pequenos detalhes. O Mirage sedã japonês era vendido no exterior como Lancer. Essa estratégia da Mitsubishi explica por que convém reunir Colt, Mirage e Lancer neste artigo de história.

Para se ter uma idéia do sucesso do Mirage/Colt, em cinco anos suas vendas excederam um milhão de unidades mundo afora. Em 1983, o projeto que abarcava as três nomenclaturas foi atualizado. Toda a família se diferenciava pelos pára-choques envolventes e o corte reto dos pára-lamas traseiros, soluções simples que deram um ar moderno, elegante e interessante. A Mitsubishi ainda lançava uma das primeiras minivans, a Chariot, de sete lugares, que seria vendida como Colt Vista no exterior e hoje é representada pela Space Wagon.

Em 1983 o Colt/Mirage ganhava novo desenho, bem de acordo com seu tempo, e interessantes opções, como o motor 1,6 turbo com injeção, que rendia 120 cv

Havia seis opções de motor, cinco de câmbio e seis versões de acabamento para o Mirage/Colt e o Lancer. Uma das opções de propulsor era o 1,6-litro turbo com injeção eletrônica, uma novidade que produzia 120 cv. Outras motorizações que se destacavam eram o 1,8 a diesel e o premiado 1,3 MD (Modulated Displacement, ou cilindrada modulada), com um controle eletrônico que desativava alguns cilindros em condições de menor solicitação, a exemplo de um motor V8 da Cadillac na mesma época. No Lancer, tal tecnologia era usada no motor 1,5. Essa geração do Mirage/Colt seria complementada por uma perua de cinco portas em 1985. Um ano mais tarde ela teria a opção de tração nas quatro rodas, recurso muito bem aceito no Japão. Continua

Para ler
Mitsubishi ainda é um assunto com enorme potencial a ser explorado em livros. A bibliografia publicada até hoje se restringe basicamente a manuais técnicos para proprietários de carros da marca. Com a proximidade do cinqüentenário do primeiro carro projetado pela empresa — antes ela só fabricava modelos sob licença de outras marcas —, fica a sugestão de um título contando a trajetória da Mitsubishi. Com o recente sucesso do Lancer Evolution, os poucos títulos mais específicos também discorrem sobre o modelo.

You & Your Mitsubishi Evo: Buying, Enjoying, Maintaining, Modifying - por Andy Butler, Haynes Publications. Foca na manutenção dos Evos com especificações para o mercado inglês, mas também traz detalhes curiosos da evolução da mais apimentada versão do Lancer. Há fartura de fotos para os fãs do modelo e os textos são de fácil leitura, em inglês. Tem 160 páginas.

Mitsubishi Lancer Evolution - por Brian Long, Veloce Publishing. O título, com 92 páginas em inglês, conta a história do Lancer desde 1973 até 2002, quando foi publicado. O foco, como o título já anuncia, é o Evolution, retratado como vencedor de rali e modelo de rua desejado por muitos. O melhor do livro é a colaboração da Mitsubishi, que disponibilizou componentes chave da equipe que projetou o Evolution para o autor desenvolver o conteúdo.

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