Outra inovação estava em colocar o motor sobre o eixo dianteiro, e não atrás dele, de modo a ganhar cerca de 50 centímetros para o espaço dos ocupantes e a distribuir melhor o peso entre os eixos. O comportamento dinâmico e o conforto de rodagem melhoravam muito. Além de amplo, o interior do Airflow era muito confortável e bem-acabado, com seis lugares, revestimento dos bancos em couro, boa renovação de ar e uma posição de dirigir bem superior à média.

Com desenho muito avançado para seu tempo, o Airflow não encontrou aceitação; o modelo da DeSoto tinha os agravantes do menor entreeixos e do motor de seis cilindros

Embora fosse equipado com um motor de seis cilindros, 241 pol³ (3,95 litros) e 100 cv, modesto para o peso de 1.500 kg — as versões da Chrysler eram todas de oito cilindros —, o Airflow da DeSoto brilhou em desempenho e conquistou nada menos que 32 recordes para carros de série. Entre eles, obteve 138 km/h na milha lançada (medição por 1,6 km iniciado já em velocidade), 129 km/h de média em um percurso de 160 km, 122 km/h em 800 km e 119 km/h em 3.200 km de percurso. E consumia menos combustível que outros carros de mesma potência, tendo feito uma média de 9 km/l em uma viagem de quase 5.000 km, de Nova York a San Francisco, com Harry Hartz ao volante.

Rejeição à modernidade   Apesar do projeto primoroso, o Airflow não teve a aceitação esperada. As diferentes versões da corporação sofreram a resistência do consumidor americano a um estilo muito à frente de seu tempo. O modelo da DeSoto, em particular, usava menor distância entre eixos, o que resultava em um perfil nada harmonioso. As vendas da divisão despencaram 47% em 1934. Curiosamente, o carro foi muito elogiado na Europa e copiado por marcas como Peugeot, Renault e Volvo — até a Toyota fez, no Japão, seu primeiro carro à semelhança do modelo ianque.

Arredondado, porém mais convencional nas formas e na construção com chassi separado, o Airstream lançado em 1936 (estes são do ano seguinte) cumpriu seu papel de reerguer a marca depois do Airflow

Diante de seu insucesso, já em 1935 aparecia o Airstream, mais tradicional nas linhas, com chassi separado da carroceria e versões sedã, cupê e conversível. O público o recebeu muito bem, levando as vendas a duplicar naquele ano e a continuar em crescimento. Enquanto isso, o Airflow recebia uma grade convencional, que disfarçava um pouco seu futurismo, mas só resistiu até 1936. Um ano depois, a grande linha DeSoto — que incluía sedãs, cupês, conversíveis e até limusines de entreeixos longo — apostava em um desenho convencional e no motor de seis cilindros, 3,7 litros e 93 cv. Continua

Em escala
Apesar dos interessantes modelos anteriores, apenas os modelos dos últimos anos da história da DeSoto são encontrados no mercado de miniaturas.

A Danbury Mint, marca de alta qualidade e preço à altura, oferece o Fireflite conversível 1956 em amarelo claro com interior bege. Na escala 1:24, a miniatura é muito fiel nos detalhes.

Outra opção é o Fireflite Sportsman cupê hardtop, no mesmo tamanho, em vinho com interior claro. Detalhado e muito elegante.

A Jo-Han Models fez um modelo simples, sem muitos detalhes, do Adventurer hardtop de duas portas 1960, vermelho por fora e por dentro.

O DeSoto 1961 da Yat Ming, em 1:18, tem opção entre verde claro (teto branco) e amarelo claro (teto preto). É bem detalhado, com 130 peças e recursos como encostos rebatíveis dianteiros e motor com cabos e radiador.

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