Embora fosse equipado com um motor de seis cilindros, 241 pol³ (3,95
litros) e 100 cv, modesto para o peso de 1.500 kg — as versões da
Chrysler eram todas de oito cilindros —, o Airflow da DeSoto brilhou
em desempenho e conquistou nada menos que 32 recordes para carros de
série. Entre eles, obteve 138 km/h na milha lançada (medição por 1,6
km iniciado já em velocidade), 129 km/h de média em um percurso de 160
km, 122 km/h em 800 km e 119 km/h em 3.200 km de percurso. E consumia
menos combustível que outros carros de mesma potência, tendo feito uma
média de 9 km/l em uma viagem de quase 5.000 km, de Nova York a San
Francisco, com Harry Hartz ao volante.
Rejeição à modernidade
Apesar do projeto primoroso, o Airflow não teve a aceitação esperada.
As diferentes versões da corporação sofreram a resistência do
consumidor americano a um estilo muito à frente de seu tempo. O modelo
da DeSoto, em particular, usava menor distância entre eixos, o que
resultava em um perfil nada harmonioso. As vendas da divisão
despencaram 47% em 1934. Curiosamente, o carro foi muito elogiado na
Europa e copiado por marcas como Peugeot, Renault e Volvo — até a
Toyota fez, no Japão, seu primeiro carro à semelhança do modelo
ianque.
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