O modelo 1939 exibia o "Estilo Hollywood": grade em três segmentos, faróis integrados aos pára-lamas e perfil fastback

Mais cuidadosa com as evoluções, a empresa mostrava para 1939 um desenho novo, porém sem grande ousadia. Com o chamado Estilo Hollywood, o carro vinha repleto de cromados, tinha a grade dianteira em três segmentos (um deles envolvendo o "nariz"), faróis integrados aos pára-lamas e perfil fastback. Estavam disponíveis os acabamentos Deluxe e Custom. A versão mais atraente, a Custom Club Coupe, trazia vidros maiores, colunas estreitas, vidro traseiro bipartido e teto com formato próprio. Por dentro havia soluções convenientes, como a alavanca de câmbio na coluna de direção e o velocímetro Safety Signal, graduado em cores diferentes conforme a velocidade.

Outra reformulação de carroceria vinha em 1941, deixando os DeSotos mais baixos e elegantes. O destaque visual era a grade em forma de queda d'água, com frisos verticais, mas na mecânica o brilho estava no câmbio semi-automático Simplimatic de quatro marchas. A alavanca e o pedal de embreagem precisavam ser usados apenas uma vez, para colocar a posição High (alta) antes de arrancar.

Além da carroceria mais baixa e elegante, o DeSoto 1941 estreava um câmbio semi-automático, em que só se usavam a alavanca e a embreagem antes de sair

Se preferisse uma saída mais ágil, o motorista usava a posição Low (baixa). Depois, bastava aliviar o acelerador para obter mudanças automáticas até a quarta marcha, na qual o motor de seis cilindros e 100 cv chegava a 145 km/h. No dia-a-dia, portanto, sem precisar trocar marchas ou usar um pedal de embreagem, o motorista sentia-se com uma caixa automática propriamente dita.

A DeSoto voltaria a ousar com o modelo 1942, o último antes da Segunda Guerra Mundial. Era o primeiro carro americano de produção em massa com faróis escamoteáveis, que deixavam a frente com um ar futurista, sem qualquer elemento visível acima da ampla grade. É uma pena que esse peculiar estilo tenha durado tão pouco, pois, seguindo-se ao ataque japonês em Pearl Harbor em dezembro de 1941, a fábrica foi convertida em fevereiro seguinte à produção de componentes para aviões e tanques.

Em 1942, uma proposta ousada -- os primeiros faróis escamoteáveis em um carro de grande produção nos EUA -- mas de vida curta, por causa da guerra

Logo após o conflito a fabricação dos automóveis Deluxe e Custom era retomada, mas sem os ousados faróis. O motor de seis cilindros e 237 pol³ (3,9 litros) tinha 112 cv. A produção da DeSoto, porém, não conseguia atender à intensa procura, para o que concorria a escassez de matérias-primas. Se aos poucos a fábrica pôde entregar tudo o que o mercado desejava, ainda faltava algo: um desenho realmente novo, que combinasse com aquele período de prosperidade para a economia americana.

Essa demanda era atendida com a linha 1949. Os DeSotos continuavam a ganhar largura e perder altura, além de integrar os pára-lamas dianteiros à carroceria. O mais belo seria outra vez um cupê: o Custom Sportsman, lançado para o ano seguinte, que adotava o estilo hardtop tão em voga naquele começo de década. Com o formato de uma capota de conversível, só que rígida — daí o nome —, associado a apenas duas portas, até os maiores carros americanos ganhavam um ar esportivo e atraente. Como nos hardtops da General Motors, as colunas traseiras assumiam uma forma em "V", graças ao vidro posterior envolvente. Uma perua com até nove lugares também era oferecida naqueles dois anos. Foi 1950 o melhor na história da marca, com 133 mil unidades vendidas. Continua

Após o conflito, o DeSoto 1949 era o primeiro com novo estilo, que deixava os pára-lamas mais incorporados ao conjunto; ao lado o modelo 1950

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