A estrela do norte   Por fora era tudo novo em 1992. O cupê estava 27,4 cm mais longo e 8,8 cm mais largo. Era o fim da dieta dos anos 80, mas também não um novo período de bonança exacerbada. A capota novamente terminava de forma suave, formando um trapézio, e as colunas traseiras voltavam a ser largas, em forma de triângulo. Um desenho bonito, discreto e de bom gosto, embora retilíneo e comedido demais numa época em que os japoneses já criavam maravilhas com linhas mais ovaladas — inclusive no segmento de luxo.

As formas retilíneas arredondavam-se no modelo 1992, mas ele ficava também mais longo e pesado, com prejuízo ao desempenho do motor de 4,9 litros

O interior também estava mais esportivo. Pesando 60 kg a mais que a versão anterior, o desempenho era um pouco inferior, já que o ainda recente V8 4,9 era mantido. Feito numa nova plataforma, também dividida com o Seville, o Eldorado ficava um tanto à sombra do irmão, que até foi eleito Carro do Ano pela imprensa americana. Mas essa sonolência não durou muito: em 1993 chegava o aclamado V8 Northstar de 4,6 litros, duplo comando e 32 válvulas para complementar o motor 4,9.

O Northstar (estrela do norte) levava a potência do Touring Coupé (TC) para vigorosos 295 cv a 6.000 rpm e o torque para 40 m.kgf a 4.400 rpm. Eram os melhores sinais vitais do Eldo desde 1970. Havia também o Sport Coupé com o Sport Performance Package, um pacote de itens de desempenho, para alcançar 270 cv e 41,4 m.kgf. De operação suave, o Northstar também primava pela economia e pouca manutenção. Aliado à nova caixa automática de quatro marchas, dava ao TC grande agilidade — leia-se 0 a 96 km/h em 7,5 segundos.

Nada que o novo motor Northstar não pudesse resolver: com 300 cv no Eldorado Touring Coupé, estava resgatado o comportamento vigoroso

Em toda a linha, a direção controlava sua assistência de acordo com a velocidade e uma nova geometria multibraço integrava a suspensão traseira. Havia excelentes recursos, como controle de tração e suspensão com regulagem eletrônica sensível às condições da estrada, nas versões esportivas. Ainda assim, as vendas não saíram como o esperado: apenas 21.473 foram comercializados. Parte disso se devia à explosão de vendas dos utilitários esporte nos Estados Unidos. Certas categorias de automóveis estavam em franca decadência.

Essa geração do Eldorado prosseguiria até o fim da carreira do modelo. Apenas mudanças nas versões e novos equipamentos viriam como novidade. Em 1994, todos traziam o V8 Northstar; o básico vinha com os 270 cv e a suspensão eletrônica, e o TC, com 25 cv extras. No ano seguinte, um novo sistema de admissão aumentava a potência do primeiro para 275 cv e a do ETC (Eldorado Touring Coupé) para 300. A regulagem da suspensão passava a contar com um sensor de ângulo do volante, parte do sistema eletrônico de assistência da direção.

Eletrônica sofisticada em 1998: suspensão com ajuste automático, controle de estabilidade e o OnStar, que rastreia o veículo para conveniência e segurança

Em 1996 chegavam novo console e instrumentos maiores, mas a eletrônica da Cadillac continuava seu show. O ETC recebia o Magnasteer, sistema de direção variável por resistência magnética, e o sistema eletrônico da suspensão passava a ser continuamente variável. O controle de tração podia ser desligado. Em 1997 eram lançados o controle de estabilidade StabiliTrak e o sistema OnStar, a assistência ao motorista que unia GPS, telefonia celular e o centro de assistência ao cliente da marca. Continua

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade