Os pára-lamas traseiros do Electra 1963 eram mais longos que o porta-malas, para um efeito visual interessante; o motor V8 de 7,0 litros tornava-se disponível

Apenas o Electra 225 era oferecido, em versões cupê sem coluna central, conversível e três sedãs de quatro portas: o hardtop e o modelo convencional com coluna e sem ela. A versão básica era eliminada, assim como a Riviera, que liberava o nome para o novo cupê de luxo da empresa. Surgia a alternativa do V8 de 425 pol³ (7,0 litros) e 340 cv, o maior motor da família "Nailhead", e a caixa automática passava a ser a Super Turbine 400.

Como todo modelo grande da GM, o luxuoso da Buick era remodelado para 1965 e ganhava o estilo conhecido como "garrafa de Coca-Cola", com ondulações que acentuavam o perfil nos pára-lamas traseiros. O pára-brisa perdia o formato envolvente no topo e, na frente, o desenho do pára-choque acentuava o "bico" central da grade. O 225 estava disponível nos acabamentos básico e Custom e, no caso do Custom hardtop de duas e quatro portas, também com o pacote Limited.

O "bico" central na frente era destacado pelo estilo do modelo 1965, que também adotava os pára-lamas traseiros ondulados típicos da época

Um aumento de cilindrada para 430 pol³ (7,0 litros) era providenciado em 1967, passando o V8 a render 360 cv. Embora também fosse denominado comercialmente de Wildcat, era um novo motor de bloco grande, não um mero aumento do "Nailhead". A esse tempo o Electra já oferecia mais equipamentos de conforto, como controle elétrico da tampa do porta-malas, ajuste de altura do volante, rádio AM/FM e servo-freio. À noite, a traseira ganhava luminosidade de um lado a outro com as amplas lanternas. Depois de perder os quebra-ventos em 1969, no ano seguinte o Electra ganhava o enorme V8 de 455 pol³ (7,45 litros) e 360 cv, da mesma família do 430. Seria o maior motor em sua história.

A segunda geração estreava na linha 1971, mantendo o perfil longo e baixo da anterior, a ponto de não se notar facilmente que era um novo carro. Agora havia só versões hardtop, sendo abolidos o sedã de quatro portas com coluna central e o conversível. Os ventiports continuavam lá, em posição mais alta. O motor 455 era mantido, de início com 315 cv — número que cairia bastante um ano depois, com a entrada em vigor da medição líquida de potência, e que continuaria a diminuir com as restrições de consumo e emissões poluentes que viriam mais tarde.
Continua

O vinco lateral descendente rumo à traseira estava presente no cupê 1969; um ano depois chegava o motor de 7,45 litros, o maior já usado no Electra
Na música
A versão mais famosa do Electra, a 225, aparece em pelo menos quatro oportunidades no mundo da música. Prince gravou Deuce & a quarter no álbum Gold Nigga, de 1993, em que canta: "In my deuce and a quarter feelin' funky funky fine / And I'm rockin' that stupid shit / Rollin' in my deuce deuce five / Convertible top down so I can see the honeys passin' me by... / These are some of the feelings that I'm holdin' / But everything's fine while I'm rollin'..."

No disco All The King's Men, de 1997, Scotty Miller e DJ Fontana, com participação de Keith Richards, têm uma canção de mesmo nome, Deuce and a quarter. Confira um trecho que diz que o 225 não chega a ser um Cadillac: "A curb feelers and fender skirts / Scrub the chrome 'till your elbow hurts / A pinstripes and cherry packs / Grass stains on your second hand slacks / Keep on bettin' think you gonna win / You can dress it up and try to pretend / A car's a car and that's a fact / A deuce and a quarter ain't no Cadillac."

O Electra 225 também é citado na música Guess Who's Back do álbum The Fix (de 2002) de Scarface, com Beanie Sigel e Jay-Z. Há até uma banda com o nome The Deuce and a Quarter.
Para ler
O Electra ainda não mereceu um livro exclusivo, mas há algumas obras que registram sua história em meio aos mais de 100 anos da marca.

Standard catalog of Buick - 1903-2004 - por John Gunnell, editora Krause Publications. Publicado há dois anos, o livro de 367 páginas conta o primeiro centenário da marca, com 20 mil modelos, versões e anos. Inclui fichas técnicas, guia de numeração de chassi e dados de produção. Para o colecionador, traz valores de mercado dos modelos mais importantes de 1904 a 1996 em seis níveis de conservação/restauração.

The Buick: A complete history (An automobile quarterly magnificent marque)
- por Terry Dunham, editora Automobile Quarterly. Lançado em 2005, conta a trajetória da Buick de sua fundação até os dias atuais. As 600 páginas incluem seu ingresso em competições, as aparições no cinema e dados técnicos.

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